O sermão abordou a ideia de que “a grama do vizinho é mais verde”, que reflete a tendência humana de valorizar mais as posses e as situações dos outros do que as próprias. O palestrante ressalta como essa comparação constante pode adorar as pessoas e melhorar a comunidade cristã.
Ele começa com uma oração, agradecendo a oportunidade de ministrar e pedindo orientação ao Espírito Santo. Em seguida, faz referência a um episódio bíblico onde Pedro se compara com João, e Jesus o repreende, dizendo para ele se concentrar em sua própria vida e seguir Jesus.
O sermão enfatiza a importância de valorizar e cuidar do que se tem, em vez de invejar os outros. O palestrante ilustra como a comparação leva à ingratidão e ao descontentamento, mencionando que nem tudo o que parece perfeito no outro realmente é. Ele sugere que muitas vezes as pessoas que parecem felizes e bem-sucedidas enfrentam suas próprias dificuldades e que o que vemos pode não ser uma realidade completa.
Ao longo do discurso, ele utiliza várias analogias, como a da grama que pode parecer verde porque é sintética, para explicar que muitas vezes a aparência engana. Ele também menciona como a comparação pode levar à inveja e ao desânimo e fala sobre a importância da gratidão e do contentamento.
Para finalizar, ele convida a congregação a orar e agradecer pelos que têm, encorajando-os a parar de se comparar com os outros e a valorizar suas próprias vidas e vitórias. Ele termina com uma vitória e um convite para eventos futuros na igreja.
A grama do vizinho é mais verde! Já ouviu falar disso? Não é o jogo de comparação quando a gente olha pras coisas dos outros e dá mais valor, do que as coisas que temos, que Deus nos deu. Eu queria falar sobre isso essa noite, queria conversar com você a respeito disso, o quanto isso tem adoecido pessoas, o quanto isso tem sido prejudicial ao corpo de Cristo.
Fecha os teus olhos antes, vamos estar orando. “Senhor, obrigado pela palavra, obrigado porque podemos ministrá-la. Obrigado porque podemos, Senhor, de uma forma clara, falar que o teu santo espírito nos dirige. Sejamos mesmo boca tua aqui e que a tua palavra possa ser eficaz. Em nome de Jesus.Amém”
Houve um momento que Jesus chamou os discípulos para conversar, e foi tão interessante. Tão interessante.
Jesus chama os discípulos para conversar e chamou Pedro. E Pedro, de uma forma muito clara, estava falando com Jesus sobre o que havia de acontecer. Jesus, fala a respeito de sua morte, como ele deveria morrer. Não sei se você já estudou sobre a morte dos apóstolos. Só João basicamente não foi morto. Todos os outros, principalmente Paulo, foram decapitados. Pedro não quis morrer crucificado igual a Cristo. Ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo.
Desde a ação do Espírito Santo, Pedro estava ali conversando com Jesus e de repente ele vira e vê João. João, o menor, o Joãozinho, só ele que declarou. Se você olhar na Bíblia, vai ver que só João diz que ele era o amado do Senhor. Ele mesmo se intitula amado do Senhor. Consegue entender isso? Nenhum outro disse que ele era um amado, mas ele se coloca numa posição de amado. Ele reclina a cabeça no ombro de Jesus. Um jovem que amava o Senhor. Isso acho que chamava a atenção dos outros porque Jesus realmente cuidava de João. Pedro já era casado, tinha sogra, tinha as suas redes. João, não. João era adolescente.
Pedro então vira para Jesus e, com ousadia, pergunta: “Senhor, e este que será?” E Jesus responde: “Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa? Segue-me.” Jesus estava dizendo para Pedro: “Para de querer saber da vida dos outros. Cuida da sua vida. Eu estou falando com você agora. É o momento de eu mostrar para você o que vai acontecer com você e você está comparando a sua vida com a dos outros.
Nós precisamos aprender a dar valor àquilo que temos e que somos, e não nos comparar com ninguém. Muitas pessoas se comparam e isso as tem adoecido. Fulano gosta mais do outro do que de mim. Beltrano olha mais para o outro do que para mim. O pastor não me cumprimentou. A gente dá muito valor a essas coisas. A questão é como nós estamos vendo tudo isso. Achamos que Deus abençoa muito mais as outras pessoas do que a nós. Não é assim, não funciona dessa forma. A vida dos outros parece perfeita, mas a nossa não é. E é sobre isso que eu quero falar.
A grama do vizinho que parece mais verde pode ser de plástico. Você diz: “Nossa, a grama do vizinho é tão bonita”, mas ela pode ser de plástico, grama sintética, por isso é tão verde. E a gente está dando valor a coisas que não tem importância. Isso tem feito com que as pessoas hoje fiquem doentes por se compararem com os outros, por não se satisfazerem com aquilo que são. Tem pessoas que se olham no espelho e dizem: “Estou gordo(a), não sei o quê”, mudam o cabelo achando que vão emagrecer, compram um monte de maquiagem achando que isso vai deixá-las mais bonitas. Isso não é o que a Bíblia tem falado para nós. Esse comparativo tem nos adoecido. Fulano tem um celular, eu preciso ter. Olhamos para o celular do outro. Precisamos realmente, ou é só inveja! Conheço pessoas que vão visitar a casa dos outros e perguntam: “Onde você comprou isso? Preciso disso.” Para quê? Para parecer, para servir? Precisamos parar um pouco, raciocinar e saber qual é o propósito de Deus para nossas vidas. Porque se estivermos encaixados no propósito de Deus e pararmos de comparar nossa vida com a dos outros, como isso é importante. Estamos perdendo tempo em fazer o que tem que ser feito para comparar com os outros. Quando você se compara, já saiu do caminho, do foco.
Quando você para de olhar para sua esposa e começa a olhar para a esposa do outro, já saiu do foco. Muitas vezes, ou com certeza, tua esposa é muito mais bonita, mas você que não dá valor. Estou falando de relacionamento, porque é família é o bem mais precioso. Já vi pessoas trocarem um “avião” por um “tecoteco”, uma esposa linda e maravilhosa por algo que, para falar a verdade, é por causa do comparativo. E Deus tem trabalhado conosco a respeito. Comparar o que temos com o que os outros têm é ingratidão.
No começo, eu era jovem, andava da Saúde até o centro para a igreja, para cantar no coral. Saía uma hora e meia antes porque não tinha dinheiro, levava muda de roupa e quando chegava lá, 10 minutos antes, descia, se lavava, colocava uma camiseta, tomava café e já ficava no culto. Eu orava: “Senhor, me dá um carrinho, eu preciso de um carro, só um carro que me leve”. A gente não está satisfeito, a gente quer um carro com direção, com ar condicionado, com liga leve. Aquilo que era genuíno, de você usar para caminhar, vira comparativo porque os outros têm.
A grama do vizinho sempre vai ser mais verde. Um dos maiores enganos que podemos cometer é comparar nossa vida com a dos outros. O casamento do fulano é mais feliz, o emprego do sicrano dá mais dinheiro, a família do beltrano é mais unida. E por aí vai, constatações pré-julgadas que na maioria das vezes não são verdadeiras. Quem compara sua vida com a do outro erra no mínimo três vezes.
Nem tudo que parece é. Nem tudo que reluz é ouro. Nem todo sorriso é verdadeiro. Nem todo dinheiro traz felicidade. Nem tudo que vemos em público é a mesma coisa no particular. Minha esposa é maquiadora profissional e é interessante que ela diz que pode transformar o rosto de uma pessoa em outra pessoa. Hoje você vê que é verdade, tem maquiagem para isso. Já fiz acho que uns 200 casamentos, mais ou menos, em 28 anos de pastor. A noiva chega, e quando abre a porta, o camarada está na frente e olha, e pensa: “É ela mesmo?”. Eu olho para a moça, simples, bonita, mas quando ela entra na igreja, até eu penso: “Oxe, é ela mesmo”. Aí quando ela tira tudo aquilo, lava o rosto, muitas vezes é só aparência. Será que o Senhor nos chamou para viver de aparência? Precisamos entender isso. Às vezes, quem sorri quando elogiamos daria tudo para estar no nosso lugar. Ainda mais na igreja, né? Quantas vezes eu estava com dor de barriga, mas com aquele sorriso maravilhoso no rosto, dizendo: “Eu quero ir embora, preciso ir embora”. Ninguém sabe o que a gente passa. Vê alguém com carro novo, acha que está tudo bem, mas a pessoa está endividada, devendo para todo mundo. Precisamos entender isso. Deus tem nos dado paz e muitas vezes até pessoas que possuem muitos bens não têm paz.
Nem sempre o que o outro tem nos traria alegria. Nem tudo o que o outro faz nos daria realização. O marido ou a mulher aparentemente perfeita pode não ser perfeita para nós. Não dá para querer a vida do outro. Assim como a armadura de Saul não serviria para Davi, a vida do outro também não serve para nós. Nós somos servos de Deus que vivemos o propósito de Deus. Tudo que Ele faz para nós é perfeito. Até a nossa enfermidade é perfeita, porque Ele está trabalhando conosco. Até os dias difíceis que vivemos, Ele está trabalhando conosco. Nos dias de alegria, Ele está trabalhando. Precisamos nos alegrar no Senhor com o que temos, sabendo que Deus nos deu aquilo, por uma razão.
Em vez de olhar para o que nos falta e que o outro tem, deveríamos agradecer a Deus pelo que Ele nos deu. Da comparação com a vida dos outros nasce a ingratidão, a inveja, o desânimo e a murmuração. O invejoso não pode ver nada de bom no outro. Nós precisamos orar para que isso não esteja em nossa vida. Nossa casa é abençoada com o que Deus tem dado, nossa casa é perfeita com o que Deus tem feito. Nosso coração tem que ser transformado em gratidão.
Vamos parar de achar que a grama dos outros é mais verde e começar a adubar e regar a nossa. Mesmo que ela não esteja tão verde, se investirmos nela, ela ficará. A gratidão sempre será o melhor. Toda