jOÃO 10

Marketing Digital gera Resultados

Crise! É hora de se ADAPTAR

Evangelho de João 10

Jesus o BOM PASTOR

Um programa humorístico d e televisão preparou uma “pegadinha” numa escola de ensino médio. Alguns membros da equipe do programa apresentaram-se aos melhores alunos da escola como consultores vocacionais em visita à escola para orientá-los  sobre a carreira mais apropriada a cada um com base em “testes” e “entrevistas” que (para os alunos) pareciam autênticos.

Uma câmera escondida mostrava um rapaz aguardando com ansiedade os resultados dos testes. Por certo, o consultor lhe diria que era apto para ser reitor de uma universidade, presidente de um banco ou, quem sabe, cientista e pesquisador. Mas o “consultor” tinha outra coisa em mente. Com uma expressão tragicômica no rosto, o rapaz ouviu aquele profissional lhe dizer:

– Pois bem, depois de avaliars seus testes e entrevistas, encontramos a carreira ideal para você: pastor de ovelhas.

O aluno não sabia se ria ou se chorava. Afinal, quem, em perfeito juízo, sonharia em ser pastor? O que levaria alguém a dedicar a
vida a uma porção de “ovelhas burras”, que sequer têm a capacidade de encontrar o caminho de volta para casa?

João 10 enfatiza imagens de ovelhas, apriscos e pastores. Sem dúvida, constituem um retrato das regiões rurais do Oriente, mas têm muito a nos ensinar hoje, mesmo em nosso mundo urbano e industrializado. Paulo usa uma imagem parecida ao admoestar os líderes espirituais da igreja de Éfeso (At 20:28ss). As verdades associadas ao pastor e a suas ovelhas podem ser encontradas ao longo de toda a Bíblia e continuam sendo relevantes para nós hoje. Os símbolos usados por Jesus ajudam a entender quem ele é e o que deseja que façamos. 

Talvez, a maneira mais fácil de abordar esse capítulo, um tanto complexo, do Evangelho de João, seja observar as três  declarações que Jesus faz a respeito de si mesmo. 

Eu sou A PORTA - João 10:1-10

¹ Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador.
² Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas.
³ Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora.
⁴ Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz;
⁵ mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.
⁶ Jesus lhes propôs esta parábola, mas eles não compreenderam o sentido daquilo que lhes falava.
⁷ Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas.
⁸ Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido.
EU SOU a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.
¹⁰ O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

O sermão desenvolveu-se a partir do confronto de Jesus com líderes judeus, depois da expulsão do mendigo (Jo 9). Jesus lhes falara de modo sucinto sobre a luz e as trevas, mas aqui muda para a imagem do pastor e de suas ovelhas. Isso porque, para os judeus, o “pastor” representava qualquer tipo de líder, tanto político quanto espiritual.

Consideravam pastores o rei e os profetas. Israel tinha o privilégio de ser o “povo e rebanho” de Deus (SI 100:3). Esse contexto fica mais claro com a leitura de Isaías 56:9-12; de Jeremias 23:14; 25:32-38; de Ezequiel34 e de Zacarias 11.

Jesus começou seu sermão com uma ilustração conhecida (Jo 10:1-6), que todos os seus ouvintes compreenderiam. O aprisco normalmente era um cercado, feito de pedras, com uma abertura. Durante a noite, o pastor (ou um porteiro) guardava o rebanho dentro do aprisco deitando-se nessa abertura e servindo de “porta”. Era comum colocar vários rebanhos no mesmo aprisco. Pela manhã, cada pastor chamava suas ovelhas, e, desse modo, os rebanhos eram separados. Cada ovelha reconhecia a voz de seu pastor.

O verdadeiro pastor entra no aprisco pela porta e é reconhecido pelo porteiro. Os ladrões e salteadores não podiam passar pela porta, portanto precisavam saltar o muro e entrar furtivamente no aprisco. Mesmo que conseguissem entrar, as ovelhas não os seguiriam, pois só obedeciam à voz do próprio pastor. Os falsos pastores não têm como conduzir as ovelhas, de modo que são obrigados a carregá-las.

Fica claro que os ouvintes não entenderam o que Jesus disse nem o propósito de suas palavras. (O termo traduzido por “parábola” significa “um ditado obscuro, um provérbio”. Os ensinamentos de Jesus em João 10 não são como as parábolas registradas nos outros Evangelhos.) Jesus deu essa lição quando o mendigo foi expulso da sinagoga (Jo 9:34).

Os falsos pastores não se importaram com esse homem; antes, o maltrataram e o rejeitaram. Mas Jesus, o Pastor, foi procurá-lo e levá-lo para seu aprisco (Jo 9:35-38). Infelizmente, João 10:1 é usado com frequência para ensinar que o aprisco é o céu e que não há outra forma de entrar senão por meio de Cristo. Trata-se de um ensinamento verdadeiro (At 4:12), mas que não tem como base esse versículo. Jesus deixou claro que o aprisco é a nação de Israel (Jo 10:16). Os gentios são as “outras ovelhas”, que não fazem parte do aprisco de Israel.

Quando Jesus veio ao povo de Israel, ele o fez conforme as Escrituras indicaram. Todo verdadeiro pastor deve ser chamado por Deus e enviado por ele. Se falar, verdadeiramente, da Palavra de Deus, as ovelhas “ouvirão sua voz” e não terão medo de segui-lo. O pastor autêntico ama as ovelhas e cuida delas. Uma vez que o povo não entendeu essa linguagem simbólica, Jesus acrescentou uma aplicação a sua ilustração (Jo 10:7-10). Em duas ocasiões ele diz: “Eu sou a Porta”. Ele é a Porta do aprisco; permite que as ovelhas saiam do aprisco (a religião judaica) e entrem no rebanho. Os fariseus expulsaram o mendigo da sinagoga, mas Jesus o conduziu do judaísmo para o rebanho de Deus.

No entanto, o pastor não se atém a conduzir as ovelhas para fora; ele também as conduz para dentro do rebanho. Elas se tornam parte de “um só rebanho” (não “aprisco”), a Igreja de Cristo. Ele é a Porta da salvação (Jo 10:9). Os que creem nele entram no rebanho do Senhor e têm o privilégio maravilhoso de sair para encontrar pastos verdejantes. Quando nos lembramos de que o pastor fazia o papel de “porta” no aprisco, essa imagem torna-se extremamente real. Uma vez que é a Porta, Jesus livra os pecadores da escravidão e os conduz à liberdade. Eles são salvos! O verbo “salvar” significa “livrar de perigo e entregar em segurança”. Era usado para designar a condição de uma pessoa que se recuperara de uma enfermidade grave, passara por uma tempestade, sobrevivera a uma guerra ou fora absolvida num tribunal. Alguns pregadores de hoje querem se livrar de termos “antiquados” como salvação, mas Jesus disse que, se alguém entrasse por Ele, seria salvo.

Jesus referia-se, principalmente, aos líderes religiosos daquela época (Jo 10:8), sem condenar todos os profetas ou servos de Deus que haviam ministrado antes de ele vir ao mundo. Ao declarar que todos “são [e não, que “eram”] ladrões e salteadores”, Jesus deixa claro que tem em mente os líderes religiosos de seu tempo. Não eram verdadeiros pastores nem tinham a aprovação de Deus para seu ministério. Não amavam as ovelhas; antes, as exploravam e abusavam delas. O mendigo foi um excelente exemplo do que os “ladrões e salteadores” eram capazes de fazer.

O relato dos Evangelhos deixa claro que os líderes religiosos estavam interessados apenas em garantir os próprios interesses e em se proteger. Os fariseus eram gananciosos (Lc 16:14) e se aproveitavam até de viúvas necessitadas (Mc 12:40). Transformaram o templo de Deus em covil de salteadores (Mt 21:13) e tramaram a morte de Jesus para que Roma não lhes tirasse os privilégios (Jo 11:49-53). O Verdadeiro Pastor veio salvar as ovelhas, mas os falsos pastores aproveitam-se delas. Por trás desses falsos pastores está “o ladrão” (jo 10:10), provavelmente uma referência a Satanás. O ladrão deseja tirar as ovelhas do aprisco, matá-las e destruí-las. Porém, como veremos mais adiante, as ovelhas estão seguras nas mãos do Pastor e do Pai (Jo 10:27-29).

Ao passar pela “Porta”, recebemos vida e somos salvos. Ao entrar no rebanho e sair para a pastagem, desfrutamos vida abundante nos pastos verdejantes do Senhor. Suas ovelhas desfrutam plenitude e liberdade. Jesus não apenas deu sua vida por nós, mas também dá sua vida para nós a cada dia! A ênfase desta seção é “a porta”. Em seguida, Jesus passa a falar do “pastor” e faz outra declaração.

Aplicações

O texto de João 10:1-10 contém ensinamentos de Jesus sobre Ele mesmo como o Bom Pastor. Aqui estão algumas aplicações que podem ser observadas neste trecho:

1. A Autoridade de Jesus como o Porteiro (João 10:1-3): Jesus é retratado como o Porteiro da porta das ovelhas, o único caminho para Deus. Isso nos ensina que a única maneira de ter comunhão com Deus é através de Jesus Cristo. Devemos reconhecer Sua autoridade em nossas vidas.

2. O Conhecimento do Pastor e das Suas Ovelhas (João 10:3-4): O pastor conhece suas ovelhas pelo nome. Isso destaca o relacionamento pessoal que Jesus deseja ter conosco. Devemos buscar um relacionamento íntimo com Ele, onde Ele nos conheça e nós O conheçamos.

3. Seguir a Voz de Jesus (João 10:4-5): As ovelhas reconhecem a voz do seu pastor e o seguem. Isso nos ensina a importância de discernir a voz de Jesus em nossas vidas, ouvindo e obedecendo a Sua orientação. Devemos estar atentos à Sua voz em meio ao ruído do mundo.

4. O Bom Pastor Dá a Vida por Suas Ovelhas (João 10:11-13): Jesus se identifica como o Bom Pastor que está disposto a sacrificar Sua vida pelas ovelhas. Isso nos lembra do profundo amor de Jesus por nós. Devemos valorizar e confiar em Sua liderança, sabendo que Ele nos ama profundamente.

5. Vida Abundante (João 10:10): Jesus promete vida abundante àqueles que O seguem. Isso não se refere apenas à vida eterna, mas também a uma vida cheia de propósito, significado e contentamento aqui na Terra. Devemos buscar essa vida abundante em Cristo.

6. Os Falsos Pastores (João 10:8-9): Jesus adverte sobre aqueles que tentam entrar no aprisco de maneira enganosa. Isso nos alerta a discernir falsos ensinamentos e líderes que não estão alinhados com a verdade de Cristo. Devemos buscar a verdade nas Escrituras.

7. Segurança em Cristo (João 10:28): Jesus afirma que Suas ovelhas têm segurança eterna em Suas mãos. Isso nos oferece conforto e confiança em meio às incertezas da vida. Devemos confiar que Jesus é nosso protetor e guardião.

8. O Propósito do Ladrão (João 10:10a): Jesus menciona a presença de um ladrão que vem apenas para roubar, matar e destruir. Isso nos lembra que há forças espirituais que buscam nos afastar de Deus. Devemos estar vigilantes contra essas influências e permanecer firmes em nossa fé.

Em resumo, o texto de João 10:1-10 destaca a autoridade de Jesus como o Bom Pastor, Seu relacionamento pessoal com Suas ovelhas, a importância de seguir Sua voz, Seu amor sacrificial, a promessa de vida abundante, o discernimento espiritual contra falsos pastores, a segurança em Cristo e a necessidade de estar alerta contra influências negativas. Essas aplicações nos desafiam a seguir a Jesus como nosso Bom Pastor, confiando em Sua orientação e amor.

Eu sou o BOM PASTOR - JOÃO 10:11-21

Eu sou o PASTOR DE OVELHAS

¹¹ Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.
¹² O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa.
¹³ O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas.
¹⁴ Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim,
¹⁵ assim como o Pai me conhecea mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.
¹⁶ Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.
¹⁷ Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir.
¹⁸ Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.
# Nova dissensão entre os judeus
¹⁹ Por causa dessas palavras, rompeu nova dissensão entre os judeus.
²⁰ Muitos deles diziam: Ele tem demônio e enlouqueceu; por que o ouvis?
²¹ Outros diziam: Este modo de falar não é de endemoninhado; pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?

Essa é a quarta declaração com “EU SOU” que Jesus faz no Evangelho de João (Jo 6:35; 8:12; 10:9). Sem dúvida, ao fazer tais afirmações, mostra o contraste entre ele e os falsos pastores na liderança da religião judaica da época. Já havia chamado esses líderes de “ladrões e salteadores”, e agora os descreve como “mercenários”. O termo traduzido por “bom” significa “intrinsecamente bom, belo, amável”. Descreve algo ideal, um exemplo a ser seguido. A bondade de Cristo é inerente a sua natureza.

Chamá-lo de “bom” é o mesmo que chamá-lo de “Deus” (Mc 10:17, 18). Alguns dos grandes homens dos relatos bíblicos eram pastores: Abel, os patriarcas, Moisés e Davi, dentre outros. Ainda hoje, é possível ver, na Terra Santa, pastores conduzindo seus rebanhos e mostrando como conhecem bem cada uma das ovelhas, suas características individuais e suas necessidades especiais. E importante lembrar que, exceto pelos animais destinados a sacrifícios, os rebanhos de ovelhas em Israel não eram criados para o abate. Os pastores cuidavam das ovelhas para que dessem lã, leite e cordeiros.

Jesus destacou quatro ministérios que realiza como Bom Pastor. Ele dá a vida pelas ovelhas (vv. 11-13). No antigo sistema sacrificial, as ovelhas morriam pelo pastor; agora, o Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas! Em cinco ocasiões ao longo deste sermão, Jesus afirma claramente a natureza sacrificial de sua morte (Jo 10:11, 15, 17, 18). Não morreu como um mártir, executado por homens; morreu como um substituto, entregando a vida voluntariamente por nós.

O fato de Jesus dizer que morreu “pelas ovelhas” não pode ser separado do restante dos ensinamentos bíblicos sobre a cruz. Também morreu pela nação de Israel (Jo 11:50-52) e pelo mundo (Jo 6:51). Apesar de o sangue de Cristo ser suficiente para a salvação do mundo, só é eficaz para os que crêem. Jesus apresenta um contraste entre ele próprio e os servos contratados (mercenários), que cuidam das ovelhas apenas porque são pagos para fazer esse trabalho. Quando surge o perigo, o mercenário foge, enquanto o verdadeiro pastor permanece com o rebanho para cuidar das ovelhas. A frase-chave é: “a quem não pertencem as ovelhas” (v. 12). O Bom Pastor compra as ovelhas; elas lhe pertencem porque morreu por elas. São dele, e ele cuida delas. Por natureza, as ovelhas são animais sem grande inteligência, propensas a colocar-se em perigo e que, portanto, precisam dos cuidados do pastor.

Ao longo de toda a Bíblia, o povo de Deus é comparado, de modo muito apropriado, a ovelhas. Ao contrário dos porcos e dos cães, as ovelhas são consideradas animais puros (2 Pe 2:20-22). São indefesas e dependem do pastor (SI 23). Nas palavras de Wesley, “são propensas a se perder” e devem ser procuradas e trazidas de volta com frequência (Lc 1 5:3-7). As ovelhas são animais pacíficos e úteis para o pastor. Destas e de outras maneiras, retratam os que creram em Jesus Cristo e que fazem parte do rebanho de Deus.

Ao contrário dos bons pastores, os fariseus não demonstraram qualquer amor ou interesse pelo mendigo, portanto, o expulsaram da sinagoga. Mas Jesus encontrou-o e cuidou dele. Ele conhece suas ovelhas (vv. 14, 15). No Evangelho de João, o termo conhecer significa muito mais do que ter consciência intelectual. Refere-se ao relacionamento íntimo entre Deus e seu povo (ver Jo 1 7:3). No Oriente, os pastores conhecem as ovelhas individualmente, portanto sabem qual é a melhor maneira de cuidar de cada uma delas.

Em primeiro lugar, Jesus conhece nosso nome (ver Jo 10:3). Ele conhecia Simão (Jo 1:42) e lhe deu um novo nome. Chamou Zaqueu pelo nome (Lc 19:5); e, quando disse o nome de Maria no jardim, ela reconheceu seu Pastor (Jo 20:16). Quem já teve a sensação de ter perdido a “identidade” em meio a tantos documentos, senhas, cartões e cadastros em computadores, sabe como é reconfortante ter a certeza de que o Bom Pastor conhece suas ovelhas pelo nome. Ele também conhece nossa natureza.

Apesar de todas as ovelhas serem semelhantes quanto a sua natureza essencial, cada uma possui características distintivas, e o pastor afetuoso conhece essas peculiaridades.

Uma ovelha pode ter medo de lugares altos, enquanto outra não gosta de sombras. O pastor fiel leva essas necessidades especiais em consideração ao cuidar do rebanho. É interessante observar como os doze apóstolos eram tão diferentes uns dos outros. Pedro era impulsivo e extrovertido, enquanto Tomé era hesitante e cheio de dúvidas. André gostava de se relacionar com as pessoas e estava sempre apresentando alguém para Jesus, enquanto Judas queria usar os outros para benefício próprio. Jesus conhecia cada um desses homens pessoalmente e sabia como tratar com eles. Uma vez que conhece nossa natureza, também conhece nossas necessidades.

Muitas vezes, nós mesmos não sabemos do que precisamos. O Salmo 23 é uma bela descrição poética de como o Bom Pastor cuida de suas ovelhas. Nos pastos, junto às águas e mesmo nos vales, as ovelhas não precisam temer, pois seu pastor está cuidando delas e suprindo suas necessidades. Se juntarmos os versículos 1 e 6 do Salmo 23, descobriremos que, “nada me faltará […] todos os dias da minha vida“. À medida que o pastor cuida de suas ovelhas, elas passam a conhecê-lo cada vez melhor. O Bom Pastor conhece suas ovelhas, e elas sabem quem ele é. Conhecem-no cada vez melhor ao ouvir sua voz (a Palavra) e ao experimentar seu cuidado diário. Ao seguir o Pastor, as ovelhas aprendem a amá-lo e a confiar nele. Ele ama “os seus” (Jo 13:1) e mostra esse amor pela maneira de cuidar deles. O Bom Pastor traz outras ovelhas para o rebanho (v. 16). O “aprisco” é o judaísmo (Jo 10:1), mas há outro aprisco: os gentios que se encontram fora da aliança de Deus com Israel (Ef 2:11 ss). No início de seu ministério, Jesus concentrou-se em cuidar das “ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 10:5, 6; 15:24-27). Os que se converteram em Pentecostes eram judeus e prosélitos (At 2:5, 14), mas a Igreja não deveria ser um “rebanho judeu”. Pedro levou o evangelho aos gentios (At 10 – 11), e Paulo transmitiu a mensagem aos gentios até os confins do império romano (At 13:1ss).

Existe apenas um rebanho, o povo de Deus que pertence ao Bom Pastor. O povo de Deus encontra-se espalhado por todo o mundo (ver At 18:1-11), e um dia ele chamará e juntará suas ovelhas. A mensagem missionária do Evangelho de João é clara: “Porque Deus amou ao mundo“(Jo 3:16). Jesus desafiou os costumes da época e conversou com uma mulher samaritana. Recusou-se a defender a abordagem exclusivista dos líderes religiosos judeus. Morreu por um mundo perdido e deseja que seu povo alcance esse mundo com a mensagem da vida eterna.

O Bom Pastor retoma sua vida (vv. 17- 21). Sua morte voluntária foi seguida de sua ressurreição vitoriosa. Do ponto de vista humano, tudo indicava que Jesus havia sido executado, mas do ponto de vista divino, havia entregado sua vida espontaneamente.

Quando Jesus clamou na cruz: “Está consumado!“, entregou o espírito ao Pai por sua própria vontade (Jo 19:30). Três dias depois, também por sua própria vontade, retomou a vida e ressuscitou dentre os mortos. O Pai deu-lhe essa autoridade como prova de seu amor. Em algumas passagens, as Escrituras ensinam que foi o Pai quem ressuscitou o Filho (At 2:32; Rm 6:4; Hb 13:20). Aqui, o Filho afirma possuir a autoridade para reaver sua vida. As duas coisas são verdade, pois o Pai e o Filho operam juntos em perfeita harmonia (Jo 5:17, 19). Em um sermão anterior, Jesus havia indicado que tinha o poder de se levantar dentre os mortos (Jo 5:26). Sem dúvida os judeus protestaram contra essa afirmação, pois era o mesmo que dizer: “Eu sou Deus!” Qual foi a reação dos ouvintes a essa mensagem? “Rompeu nova dissensão entre os judeus” (Jo 10:19). É importante observar o termo nova (Jo 7:43; 9:16). A acusação de que Jesus estava endemoninhado voltou à baila (Jo 7:20; 8:48, 52). Há gente que faz qualquer coisa para não encarar a verdade!

Uma vez que Jesus Cristo é “a Porta”, era esperado que houvesse divisão, pois a porta se fecha e deixa alguns do lado de dentro e outros do lado de fora. Ele é o Bom Pastor, e o pastor deve separar as ovelhas dos cabritos. É impossível permanecer neutro em relação a Jesus Cristo, pois o que cremos a respeito dele é uma questão de vida ou morte (Jo 8:24). Sua terceira declaração é a mais espantosa.

Aplicações

No texto de João 10:11-21, Jesus continua ensinando sobre Si mesmo como o Bom Pastor. Aqui estão algumas aplicações que podem ser observadas neste trecho:

1. O Amor e Cuidado do Bom Pastor (João 10:11): Jesus se identifica como o Bom Pastor que dá Sua vida pelas ovelhas. Isso nos lembra do profundo amor e cuidado que Ele tem por nós. Devemos confiar em Seu amor e disposição de nos proteger.

2. Conhecimento Mútuo (João 10:14): Jesus afirma que conhece Suas ovelhas e Suas ovelhas O conhecem. Isso destaca a importância de um relacionamento íntimo com Cristo. Devemos buscar conhecê-Lo através da oração, leitura da Bíblia e comunhão com Ele.

3. Unidade e Rebanho (João 10:16): Jesus menciona que há outras ovelhas que não são deste aprisco, indicando Sua missão de reunir pessoas de todas as nações. Isso nos lembra da universalidade da mensagem de Cristo e nossa chamada para fazer discípulos de todas as nações.

4. A Voz do Bom Pastor (João 10:27): Jesus afirma que Suas ovelhas ouvem Sua voz e O seguem. Isso nos desafia a discernir Sua voz em nossas vidas e a obedecer às Suas orientações. Devemos estar atentos à Sua voz em nossa jornada espiritual.

5. Oposição e Perseguição (João 10:19-21): O texto menciona a divisão e a discordância entre as pessoas em relação a Jesus. Isso nos lembra que seguir a Cristo pode causar oposição e perseguição. Devemos estar dispostos a permanecer fiéis a Ele, mesmo diante da oposição.

6. A Missão de Reunir (João 10:16): Jesus tem uma missão de reunir todas as ovelhas. Isso nos chama a ser agentes de unidade e reconciliação em nossos relacionamentos e comunidades. Devemos trabalhar para superar divisões e buscar a unidade em Cristo.

7. A Segurança em Cristo (João 10:28-29): Jesus promete que Suas ovelhas estão seguras em Suas mãos e nas mãos do Pai. Isso nos oferece conforto e segurança espiritual. Devemos confiar que Ele é nosso protetor e guardião.

8. O Propósito da Revelação (João 10:25): Jesus menciona que Suas obras testemunham quem Ele é. Isso nos lembra que a revelação de Cristo é evidente em Suas ações e ensinamentos. Devemos olhar para Sua vida como um testemunho de Sua divindade.

Em resumo, o texto de João 10:11-21 destaca o amor e cuidado do Bom Pastor, o conhecimento mútuo, a universalidade da mensagem de Cristo, a importância de ouvir Sua voz, a possibilidade de oposição e perseguição, a missão de reunir, a segurança em Cristo, o propósito da revelação em Suas obras. Essas aplicações nos desafiam a confiar em Jesus como nosso Bom Pastor, a seguir Sua voz e a ser agentes de unidade em nosso mundo dividido.

Eu sou o FILHO DE DEUS - JOÃO 10:22-42

²² Celebrava-se em Jerusalém a Festa da Dedicação. Era inverno.
²³ Jesus passeava no templo, no Pórtico de Salomão.
²⁴ Rodearam-no, pois, os judeus e o interpelaram: Até quando nos deixarás a mente em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-o francamente.
²⁵ Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito.
²⁶ Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas.
²⁷ As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.
²⁸ Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.
²⁹ Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.
³⁰ Eu e o Pai somos um.
³¹ Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar.
³² Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais?
³³ Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
³⁴ Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei:
Eu disse: sois deuses?
³⁵ Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar,
³⁶ então, daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou Filho de Deus?
³⁷ Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis;
³⁸ mas, se faço, e não me credes, crede nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai.
³⁹ Nesse ponto, procuravam, outra vez, prendê-lo; mas ele se livrou das suas mãos.
⁴⁰ Novamente, se retirou para além do Jordão, para o lugar onde João batizava no princípio; e ali permaneceu.
⁴¹ E iam muitos ter com ele e diziam: Realmente, João não fez nenhum sinal, porém tudo quanto disse a respeito deste era verdade.
⁴² E muitos ali creram nele.

Os acontecimentos desta seção ocorreram cerca de dois meses e meio depois dos fatos descritos em João 10:1-21. João juntou-os nesta passagem, pois, nas duas mensagens, Jesus emprega a imagem do pastor e das ovelhas.

A confrontação (vv. 22-24). A “Festa da Dedicação” (Hanuká , “festa das luzes”) é comemorada em dezembro, na mesma época que a celebração cristã do Natal. Essa festa comemora a reconsagração do templo por Judas Macabeu, em 164 a.C., depois de a casa do Senhor ter sido profanada pelos romanos. Esse fato histórico pode estar relacionado às palavras de Jesus em João 10:36, pois ele havia sido separado (consagrado) pelo Pai e enviado ao mundo. Os líderes judeus celebravam um grande acontecimento histórico e, ao mesmo tempo, deixavam passar a oportunidade de colocar a própria casa em  ordem.

Os escribas e fariseus cercaram Jesus no. templo, obrigando-o a parar e a escutar o que tinham a dizer. Haviam decidido que era chegada a hora de confrontá-lo e não permitiriam que se esquivasse. “Até quando nos deixarás a mente em suspenso?”,  perguntavam repetidamente, “Se tu és o Cristo, dize-o francamente”.
A explicação (vv. 25-42). Jesus lembrouos do que já lhes havia ensinado. Enfatizou o testemunho de suas palavras (“Já vo-lo disse”) e de suas obras (para respostas semelhantes, ver João 5:1 7ss, e 7:14ss).

Mas, dessa vez, Jesus deu-lhes uma explicação muito mais profunda, pois revelou aos líderes judeus o motivo pelo qual não compreendiam suas palavras nem o significado de suas obras: eles não eram ovelhas. Do ponto de vista humano, tornamo-nos ovelhas de Cristo quando cremos nele; mas, do ponto de vista divino, cremos porque somos ovelhas. Trata-se de um mistério que não se pode sondar nem explicar, mas que aceitamos e com o qual nos regozijamos (Rm 11:33-36). Deus tem suas ovelhas e sabe quem são. Elas ouvem sua voz e obedecem.

O pecador que ouve a Palavra de Deus não tem conhecimento algum da eleição divina. Descobre que Cristo morreu pelos pecados do mundo e que todo pecador pode receber a dádiva da vida eterna ao crer no Salvador. Quando esse pecador crê no Salvador, torna-se membro da família de Deus e ovelha de seu rebanho. Então, descobre que “[Cristo] nos escolheu nele antes da fundação do mundo” (Ef 1:4). Também aprende que cada pecador salvo é uma “dádiva de amor” do Pai para seu Filho (ver Jo 10:29; 17:2, 6, 9, 11, 12, 24).

Na Bíblia, a eleição divina e a responsabilidade humana coexistem em equilíbrio perfeito, e o que Deus uniu, nós, seres humanos, não devemos separar.

Jesus prosseguiu explicando que suas ovelhas estão seguras em suas mãos e nas mãos do Pai. Sua promessa é a de que “jamais perecerão” (Jo 3:16; 6:39; 17:12; 18:9). Os falsos pastores causam destruição (Jo 10:10, o mesmo termo grego); mas o Bom Pastor cuida para que suas ovelhas jamais pereçam.

 

A segurança das ovelhas de Deus é garantida de várias maneiras. 

Em primeiro lugar: por definição, temos a “vida eterna”, que não pode ser condicional e continuar sendo eterna. 

Em segundo lugar: essa vida é uma dádiva, não algo que conquistamos ou merecermos. Se não somos salvos pelas próprias boas obras, mas sim pela graça de Deus, não podemos nos perder por causa de nossas “obras más” (Rm 11:6). 

Acima de tudo, porém, está a promessa feita por Jesus de que suas ovelhas não perecerão, bem como o fato de que suas promessas não podem ser quebradas. E importante ter em mente que Jesus falava de ovelhas – os que crêem de verdade -, não de falsificações. O cão e o porco voltam ao pecado (2 Pe 2:20-22), mas a ovelha, por ser um animal puro, segue o Pastor até os pastos verdejantes. Os falsos mestres podem falar de sua fé e até de suas obras, mas nunca entrarão no reino dos céus (Mt 7:13-29). Quase todos conhecemos pessoas que afirmaram ser salvas, mas que demonstram com seus atos que nunca creram em Cristo de coração. Jesus não prometeu segurança aos que não são, verdadeiramente, suas ovelhas.

Ao recapitular os ensinamentos de Jesus sobre seu ministério como Bom Pastor, observamos três aspectos de seu relacionamento com suas ovelhas. 

–É um relacionamento amoroso, pois morreu pelas ovelhas; 

–É um relacionamento vivo, pois ele se preocupa com as ovelhas; 

–É um relacionamento duradouro, pois guarda as ovelhas e cuida para que nenhuma se perca. 

Jesus fez a declaração de João 10:30 sabendo que causaria o espanto de seus inimigos e que lhes daria mais motivos para que se opusessem a ele. Deu a “resposta franca” que os líderes religiosos lhe pediram. “Eu e o Pai somos um” – trata-se de uma das afirmações mais claras de sua divindade que encontramos nas Escrituras. É mais forte do que a declaração de que ele havia descido do céu (Jo 6) ou de que existia antes de Abraão (Jo 8:58). O termo um não indica que Pai e Filho sejam Pessoas idênticas. Antes, mostra que são um em essência: o Pai é Deus, e o Filho é Deus, mas o Pai não é o Filho, e o Filho não é o Pai. Jesus não estava falando de identidade, mas sim de unidade (para o uso de termos semelhantes, ver Jo 1 7:21-24). Os líderes judeus entenderam muito bem o que ele dizia! Alguns teólogos liberais modernos preferem atenuar essa declaração de Jesus, mas quem o ouviu sabia que ele afirmou: “Eu sou Deus” (ver Jo 10:33). Por certo, esse tipo de asserção era considerado blasfêmia e, de acordo com a Lei judaica, era passível da pena de morte (ver Lv 24:16; Nm 15:30ss; Dt 21:22). Jesus usa o Salmo 82:6 para refutar as acusações de seus adversários e detê-los. O Salmo 82 apresenta um tribunal em que Deus reúne os juízes da Terra para adverti-los de que, um dia, também serão julgados.

O termo hebraico elohim pode ser traduzido por “deuses” ou “juizes”, como é o caso em Êxodo 21:6 e 22:8, 9. Também é uma das designações do Antigo Testamento para Deus. Os líderes judeus, sem dúvida, conheciam a própria linguagem e sabiam que Jesus dizia a verdade. Se Deus chamou juizes humanos de “deuses”, então por que apedrejar Jesus por usar a mesma designação para si mesmo?

João 10:36 é uma passagem de importância crítica, pois apresenta uma afirmação dupla da divindade de Cristo. Em primeiro lugar, o Pai santificou (separou) o Filho e o enviou ao mundo, e, em segundo lugar, Jesus declarou abertamente: “Sou Filho de Deus” (ver Jo 5:25). Jesus deu-lhes a “resposta franca” que haviam pedido, mas eles se recusaram a crer! Poderiam ter aceitado sua mensagem? Jesus convidou-os, instando-os a crer, ainda que fosse apenas com base em seus milagres (Jo 10:37, 38). Se cressem nos milagres, conheceriam o Pai e, com isso, estaria aberto o caminho para que conhecessem o Filho e cressem nele. Seria uma simples questão de examinar as evidências com honestidade e de se mostrar dispostos a aceitar a verdade. Mais uma vez, os líderes tentaram prender Jesus (ver Jo 7:44; 8:59), mas ele escapou e desapareceu de lá. Depois disso, só voltou a Jerusalém no “Domingo de Ramos”, quando se apresentou como Rei de Israel. João Batista havia ministrado em Betânia (do outro lado do Jordão; Jo 1:28), mas não sabemos ao certo a localização dessa cidade. De acordo com o texto, ficava do outro lado do rio Jordão, talvez cerca de 25 a 30 quilômetros de Jerusalém. Alguns mapas situam o local praticamente do lado oposto a Jerusalém, a leste de Jerico.

Por que Jesus foi para lá? Em primeiro lugar, era um lugar seguro; era pouco provável que os líderes religiosos o seguissem até essa cidade. Além disso, também era um bom lugar para se preparar para sua última semana de ministério público, quando entregaria a vida por suas ovelhas. As lembranças do próprio batismo, realizado por João, e de tudo o que ele havia experimentado naquela ocasião (Mt 3:13-17; Jo 1:20-34) devem ter fortalecido Jesus para o sofrimento que sabia que teria de suportar.

O povo continuou a procurar Jesus, e ele ministrou a todos. Convém observar que o testemunho de João Batista continuou dando frutos muito tempo depois de sua morte! O testemunho de Jesus Cristo levou muitos a crerem no Salvador. João Batista não fez milagres, mas mostrou o caminho para os que desejavam encontrar o Cristo. “Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3:30).

Você já respondeu pessoalmente às três declarações importantes de Jesus neste capítulo?

Ele é “a Porta”. Você já “entrou” pela fé e recebeu a salvação? Ele é o Bom Pastor.

Você já ouviu a voz dele e creu nele? Afinal, ele deu a vida por você! Ele é o Filho de Deus. 

Você crê nisso? Já se entregou a ele e recebeu a vida eterna? 

Lembre-se das palavras severas de advertência de Jesus: “porque, se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados” (Jo 8:24).

 

 

Aplicações

O texto de João 10:22-42 relata um episódio em que os líderes religiosos confrontam Jesus, pedindo que Ele declare abertamente se é o Cristo. Neste trecho, há várias aplicações que podem ser observadas:

1. Questionando a Identidade de Jesus (João 10:24): Assim como os líderes religiosos questionaram a identidade de Jesus naquele tempo, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quem Ele é hoje. Isso nos lembra da importância de examinar a evidência e buscar respostas sobre a identidade de Jesus.

2. As Obras de Jesus (João 10:25): Jesus aponta para Suas obras como evidência de Sua identidade divina. Isso nos ensina que nossas ações podem refletir nossa fé em Cristo. Devemos viver de forma que nossas vidas testemunhem de quem Ele é.

3. O Relacionamento com o Pai (João 10:30): Jesus declara que Ele e o Pai são um. Isso nos ensina sobre a natureza da Trindade e a unidade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Devemos buscar um relacionamento profundo com Deus Pai, através de Jesus Cristo.

4. A Rejeição e a Fé (João 10:31-33): Os líderes religiosos rejeitaram a afirmação de Jesus e tentaram apedrejá-Lo. Isso nos lembra que a mensagem de Cristo pode ser rejeitada, mas também que há aqueles que crerão e seguirão. Devemos estar dispostos a aceitar a mensagem de Jesus e a compartilhá-la com amor.

5. A Segurança em Cristo (João 10:28): Jesus afirma que Suas ovelhas têm segurança eterna em Suas mãos. Isso nos oferece conforto e confiança em meio às incertezas da vida. Devemos confiar que Jesus é nosso protetor e guardião.

6. A Busca pela Verdade (João 10:37-38): Jesus desafia as pessoas a examinarem Suas obras e a reconhecerem a verdade de Suas palavras. Devemos ser pessoas que buscam a verdade em nossas vidas, examinando as evidências da fé e da Palavra de Deus.

7. Rejeição e Aceitação (João 10:42): Algumas pessoas rejeitaram Jesus, enquanto outras creram Nele. Isso nos lembra que a mensagem de Cristo tem diferentes respostas, mas nosso papel é compartilhá-la com amor e graça.

8. Testemunho e Evangelismo (João 10:41): O texto menciona que João Batista fez muitos milagres, mas tudo o que ele disse sobre Jesus era verdade. Isso ressalta a importância do testemunho fiel e do evangelismo. Devemos ser testemunhas autênticas de quem Jesus é em nossa vida.

Em resumo, o texto de João 10:22-42 enfoca a identidade de Jesus, Suas obras, Sua relação com o Pai, a rejeição e a fé, a segurança em Cristo, a busca pela verdade, a aceitação e a importância do testemunho e do evangelismo. Essas aplicações nos chamam a conhecer e seguir a Jesus com fé, compartilhando Sua mensagem com amor e autenticidade.

Jesus a Videira Verdadeira

João 15 – Relacionamentos e Responsabilidades

Neste trecho do Evangelho de João, Jesus está se aproximando de Sua crucificação e está dando instruções finais e consolo aos Seus discípulos: Pedro promete lealdade: Pedro expressa seu desejo de seguir Jesus até a…

João 13 e 14 – Vocês já conhecem o Pai?

Neste trecho do Evangelho de João, Jesus está se aproximando de Sua crucificação e está dando instruções finais e consolo aos Seus discípulos: Pedro promete lealdade: Pedro expressa seu desejo de seguir Jesus até a…
Jesus lava os pés dos discípulos

Capítulo João 13 – A despedida de Jesus

O Capítulo 13, nos desafia a praticar a humildade no serviço, aceitar o serviço de Cristo, seguir Seu exemplo, buscar purificação espiritual contínua e reconhecer Sua autoridade em nossas vidas. Também nos lembra da importância…

Capítulo João 12 – Entrada Triunfal

A Unção de Jesus por Maria e a Entrada Triunfal em Jerusalém. (1) os visitantes de fora da Judéia (Jo 12:12, 18); (2) a população local que havia testemunhado a ressurreição de Lázaro (Jo 12:17);…
Marta, Maria e Lázaro

Marta, Maria e Lázaro

Essas diferenças entre Marta e Maria também nos ensinam que a fé e a devoção podem se manifestar de várias maneiras. Algumas pessoas são naturalmente mais ativas e servem a Deus de maneira prática, enquanto…
Rescurreição de Lázaro

Capítulo 11 – O último Milagre – O último Inimigo

Jesus realiza um dos Seus milagres mais impressionantes, ressuscitando Lázaro dos mortos. Isso demonstra Seu poder sobre a morte e reforça Sua divindade. O capítulo também revela a crescente oposição dos líderes religiosos a Jesus…
A cura do cego de nascença

Capítulo 9 – Evangelho de João

Rerelata o milagre da cura de um homem cego de nascença por Jesus. Este capítulo enfatiza a capacidade de Jesus de trazer luz espiritual para aqueles que O reconhecem como o Messias, contrastando com a…

Encontros Semanais

Domingo 09:00h - Escola Bíblica Domical
Domingo 19:00 - Culto de Adoração
Quinta 19:30h - Estudo Bíblico
Sexta 12:30h - Corumbataí

Redes Sociais

Endereço

Rua 10 nº 3.721 esq. Avenida 54 

Vila Olinda – Rio Claro – SP

Localização