
Jesus realizou milagres a fim de suprir necessidades humanas. Mas também usou esses milagres como um “trampolim” para transmitir verdades espirituais. Além disso, seus milagres serviram de “credenciais” para provar que ele era, de fato, o Messias. “Os cegos vêem” (Mt 11:5) – esse é o milagre messiânico que encontramos neste capítulo e que Jesus usa como base para um sermão curto sobre a cegueira espiritual (Jo 9:39-41) e para outro mais longo sobre os verdadeiros e os falsos pastores (Jo 10:1 -18).
Acredita-se que, só nos Estados Unidos, uma pessoa fica cega a cada 20 minutos. O homem que vemos neste capítulo era cego de nascença; jamais havia contemplado a beleza da criação de Deus nem o rosto de entes queridos. Quando Jesus entrou em cena, tudo mudou, e o homem passou a enxergar. Todavia, o maior milagre não foi seus olhos terem sido aberto para o mundo, mas sim seu coração abrir-se para o Salvador. Confessar que Jesus era o Filho de Deus custou-lhe tudo o que possuía, mas ele se dispôs a pagar o preço.
A maneira mais fácil de compreender a mensagem deste capítulo é observar os estágios da compreensão cada vez maior que
esse homem adquiriu acerca da identidade de Jesus
“¹ Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença.
² E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
³ Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.
⁴ É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.
⁵ Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
⁶ Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego,
⁷ dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo.
⁸ Então, os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas?
⁹ Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu.
¹⁰ Perguntaram-lhe, pois: Como te foram abertos os olhos?
¹¹ Respondeu ele: O homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e estou vendo.
¹² Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei.”
Naquele tempo, não restavam muitas opções para um cego a não ser mendigar, e era isso o que o homem fazia quando Jesus passou por ele (Jo 9:8). Sem dúvida, muitos outros cegos teriam se alegrado imensamente em ser curados, mas Jesus escolheu aquele homem (ver Lc 4:25-27). Ao que parece, ele e seus pais eram bem conhecidos na comunidade.
Jesus o curou num sábado (Jo 9:14), perturbando e desafiando deliberadamente os líderes religiosos (Jo 5:9ss). Os discípulos não viram o homem como alguém digno de misericórdia, mas sim como um tema de discussão teológica. E muito mais fácil discutir um assunto abstrato, como o “pecado”, do que ministrar a uma necessidade real na vida de uma pessoa. Os discípulos estavam certos de que a cegueira congênita do homem era resultado de pecados dele próprio ou de seus pais, mas Jesus discordou.
Em última análise, todos os problemas físicos são conseqüências da queda de Adão, pois foi sua desobediência que trouxe o pecado e a morte ao mundo (Rm 5:12ss). Mas atribuir uma deficiência específica a um pecado cometido por uma pessoa específica é algo que certamente está além da autoridade humana. Somente Deus sabe por que os bebês nascem com defeito, e somente Deus pode transformar esses defeitos em algo que beneficiará as pessoas e glorificará o nome do Senhor.
Sem dúvida, tanto o homem quanto seus pais haviam pecado em algum momento, mas Jesus não considerou esses pecados a causa da cegueira do homem. Também não deu a entender que Deus havia deliberadamente cegado o homem para que, anos depois, Jesus realizasse esse milagre. Uma vez que o manuscrito original não apresenta pontuações, podemos ler João 9:3, 4 da seguinte maneira: “Nem ele pecou nem seus pais. Mas, para que se manifestem nele as obras de Deus, é necessário que eu faça as obras daquele que me enviou enquanto é dia.
Jesus empregou um método singular para curar esse homem: colocou lama nos olhos dele e, em seguida, pediu que os lavasse.
Certa ocasião, Jesus curou dois cegos simplesmente tocando os olhos deles (Mt 9:27-31); outro cego, curou colocando-lhe saliva nos olhos (Mc 8:22-26). Apesar de o poder de cura ser o mesmo, Jesus usou vários métodos, a fim de que as pessoas não se concentrassem na forma e se esquecessem da mensagem da cura.
Havia pelo menos dois motivos para Jesus usar lama. Em primeiro lugar, era uma imagem da encarnação. Deus fez o primeiro homem do pó da terra e enviou seu Filho como um homem real. É interessante observar a ênfase sobre o significado de Siloé – “Enviado” – e relacionar esse fato com João 9:4, “as obras daquele que me enviou” (ver também Jo 3:17, 34; 5:36; 7:29; 8:18, 42).
Jesus ofereceu uma pequena ilustração de sua vinda à Terra, enviado pelo Pai. O segundo motivo para usar a lama foi a irritação; ela serviu para incentivar o homem a obedecer! Quem já teve algum tipo de irritação nos olhos sabe do desejo urgente de se livrar dessa sensação. Podemos comparar essa “irritação” com a obra do Espírito Santo, ao usar a Lei de Deus para julgar o pecador. Mas a cura do homem criou um problema de identificação: ele era mesmo aquele cego que costumava mendigar? O que o havia feito ver? O restante do capítulo apresenta um conflito crescente em torno dessas duas perguntas. Os líderes religiosos negavam se a aceitar o fato de que Jesus havia curado o homem e até mesmo de admitir que ele havia sido curado!
A pergunta: “Como se deu essa cura?” é repetida, de uma forma ou de outra, quatro vezes neste capítulo (Jo 9:10, 15, 19, 26), sendo feita primeiro pelos vizinhos e, depois, pelos fariseus. No entanto, os líderes não consideraram sua resposta satisfatória e foram perguntar aos pais do homem; por fim, voltaram a interrogá-lo. O processo pareceu oficial e eficiente, mas, na verdade, foi uma manobra extremamente evasiva, tanto da parte do povo quanto da parte dos líderes. Os fariseus desejavam livrar-se das evidências, e o povo temia dizer a verdade. Estavam todos fazendo a pergunta errada! Não deveriam ter perguntado “como?”, mas sim “quem?”. Todos nós temos a tendência de querer saber “como”, de entender o funcionamento do milagre em lugar de simplesmente Crer no Salvador, o único que pode realizar o milagre. Nicodemos quis saber como voltar ao ventre da mãe (Jo 3:4,9). “Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne?” (Jo 6:52). A compreensão do processo (supondo que isso fosse possível) não é garantia de experimentar o milagre.
Quando lhe pediram para descrever sua experiência, o homem simplesmente relatou o que havia acontecido. Tudo o que sabia sobre quem havia realizado o milagre era que o homem chamava-se Jesus. E claro que não havia visto Jesus, mas ouvira sua voz. Além de não ter idéia da identidade de Jesus, o mendigo também não sabia de seu paradeiro. Até então, fora curado, mas ainda não havia sido salvo. A luz despontara no horizonte, mas só se tornaria verdadeiramente fulgurante quando ele contemplasse a face de Jesus e o adorasse (ver Pv 4:18). Pelo menos doze vezes, no Evangelho de João, Jesus é chamado de “um homem” (ver Jo 4:29; 5:12; 8:40; 9:11, 24; 10:33; 11:47, 50; 18:14, 17, 29; 19:5). João enfatiza que Jesus Cristo é Deus, mas contrabalança esse fato de maneira extraordinária ao lembrar que Jesus também foi homem. A encarnação não foi uma ilusão (1 Jo 1:1-4).
O texto de João 9:1-12 narra o milagre da cura de um homem cego de nascença por Jesus. Há várias aplicações que podem ser observadas neste trecho:
1. A Necessidade de Misericórdia e Compaixão (João 9:1-2) – O homem cego representa aqueles que estão em necessidade, física ou espiritual. Jesus demonstra Sua misericórdia e compaixão ao curar o cego. Devemos seguir o exemplo de Jesus e demonstrar compaixão e amor pelas pessoas em necessidade ao nosso redor.
2. A Origem do Sofrimento (João 9:2) – Os discípulos perguntam se o pecado do homem ou de seus pais é a causa de sua cegueira. A resposta de Jesus indica que nem sempre o sofrimento é resultado direto de pecados individuais. Devemos ter cuidado ao julgar as causas do sofrimento dos outros e lembrar que vivemos em um mundo caído.
3. A Obediência à Palavra de Jesus (João 9:6-7) – Jesus instrui o homem a lavar-se no tanque de Siloé, e o homem obedece. A obediência à palavra de Jesus resulta em sua cura. Isso destaca a importância de obedecer aos ensinamentos e orientações de Jesus em nossa vida.
4. A Reação das Pessoas (João 9:8-12) – As pessoas da vizinhança ficam surpresas com a cura do homem cego e o questionam. Isso nos lembra que as ações de Deus em nossas vidas podem despertar curiosidade e questionamentos das pessoas ao nosso redor. Devemos estar dispostos a compartilhar nossa fé e testemunhar sobre as obras de Deus em nossas vidas.
5. A Identificação com Jesus (João 9:11) – O homem curado é identificado como aquele a quem Jesus curou. Da mesma forma, como seguidores de Jesus, devemos ser identificados por nossa conexão com Ele. Nossa vida deve refletir o poder transformador de Cristo.
6. A Capacidade de Jesus de Transformar Vidas (João 9:12) – O trecho destaca a capacidade de Jesus de transformar vidas. O homem cego de nascença experimenta uma transformação dramática em sua vida. Isso nos lembra que, em Cristo, somos novas criações e podemos experimentar uma transformação espiritual profunda.
Em resumo, o texto de João 9:1-12 ensina sobre a misericórdia de Jesus, a necessidade de obediência à Sua Palavra, a reação das pessoas à obra de Deus, nossa identificação com Cristo e a capacidade de Jesus de transformar vidas. Essas aplicações nos desafiam a seguir o exemplo de Jesus, demonstrando compaixão, obedecendo a Sua Palavra e testemunhando sobre Sua obra transformadora em nossas vidas.
¹³ Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego.
¹⁴ E era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos.
¹⁵ Então, os fariseus, por sua vez, lhe perguntaram como chegara a ver; ao que lhes respondeu: Aplicou lodo aos meus olhos, lavei-me e estou vendo.
¹⁶ Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais? E houve dissensão entre eles.
¹⁷ De novo, perguntaram ao cego: Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos? Que é profeta, respondeu ele.
¹⁸ Não acreditaram os judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram os pais
¹⁹ e os interrogaram: É este o vosso filho, de quem dizeis que nasceu cego? Como, pois, vê agora?
²⁰ Então, os pais responderam: Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego;
²¹ mas não sabemos como vê agora; ou quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Perguntai a ele, idade tem; falará de si mesmo.
²² Isto disseram seus pais porque estavam com medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que, se alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga.
²³ Por isso, é que disseram os pais: Ele idade tem, interrogai-o.
Tendo em vista que os fariseus eram guardiões da fé, procediam corretamente ao investigar o homem que havia sido curado. O
fato de estudarem o milagre de modo tão detalhado é mais uma evidência de que Jesus, realmente, curou o homem. Uma vez que o homem havia nascido cego, o milagre foi ainda maior, pois a cegueira causada por enfermidades ou ferimentos pode desaparecer subitamente. Os milagres de Jesus mostram-se verdadeiros mesmo sob o escrutínio mais detalhado de seus inimigos.
Mas a grande preocupação dos fariseus era o fato de Jesus haver realizado essa cura num sábado. A Lei não permitia trabalhar no sábado, e, ao preparar a lama, aplicá-la nos olhos do homem e curá-lo, Jesus havia realizado três “trabalhos” ilegais. Os fariseus procuravam provas para levar Jesus a julgamento te significativo quando o lemos pensando neste capítulo e nos colocando no lugar do mendigo curado.
Pela quarta vez, os líderes perguntaram: “Que te fez ele? como te abriu os olhos?” (ver Jo 9:10, 15, 19 e 26). Não é difícil imaginar o homem cada vez mais impaciente. Afinal, tinha passado a vida inteira cego e havia tanta coisa para ver. Por certo, não queria se demorar num tribunal na sinagoga, olhando para rostos zangados e respondendo sempre às mesmas perguntas!
Admiramos a ousadia desse homem ao perguntar aos fariseus irados se também desejavam seguir Jesus! O homem esperava uma resposta negativa, mas ainda assim teve a coragem de perguntar. Uma vez que não tinham como refutar as evidências, os juizes começaram a insultar a testemunha e, mais uma vez, envolveram Moisés na discussão (Jo 5:46). Os fariseus eram homens cautelosos, que se consideravam conservadores, quando, na verdade, eram apenas retrógrados e inflexíveis. Um verdadeiro conservador pega o que há de melhor no passado e usa no presente, sem perder de vista as coisas novas que Deus faz. As coisas novas desenvolvem-se a partir das mais antigas (Mt 13:52). O retrógrado simplesmente preserva um passado petrificado. Opõe-se a mudanças e resiste às coisas novas que Deus faz. Se os fariseus compreendessem Moisés de fato, teriam reconhecido quem Jesus era e o que realizava.
Os líderes estavam certos sobre Moisés, mas não sobre Jesus. Não sabiam de onde ele viera. Jesus já lhes havia dito que viera do céu, de onde fora enviado pelo Pai (Jo 6:33, 38, 41, 42, 50, 51). Estavam certos de que ele era o filho biológico de Maria e de José e de que era da cidade de Nazaré (Jo 6:42; 7:41, 42). Não exerciam discernimento espiritual, mas sim julgavam “segundo a carne” (Jo 8:15).
O homem curado não conseguia acreditar que os fariseus não conhecessem o Homem que havia aberto os olhos dele. Quantas pessoas em Jerusalém eram capazes de curar os cegos? Em vez de investigar o milagre, esses líderes deveriam estar investigando Aquele que havia feito o milagre e aprender com ele. Os especialistas rejeitaram a Pedra que lhes foi enviada (At 4:11).
Assim, o mendigo deu a esses homens uma lição prática de teologia. Talvez tivesse em mente o Salmo 66:18: “Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido“. Os líderes chamaram Jesus de pecador (Jo 9:24), e, no entanto, Jesus foi usado por Deus para curar o homem cego.
A isso, acrescentou um argumento indiscutível: Jesus curou um homem que havia nascido cego. Não se tinha conhecimento de outra cura como essa. Logo, Deus não apenas ouviu Jesus, mas também lhe concedeu o poder de dar visão ao homem. Como tinham coragem de dizer, então, que Jesus era um pecador?
Os intolerantes religiosos não querem encarar as evidências nem a lógica. Não estão abertos a qualquer idéia nova. Se os fariseus houvessem considerado com honestidade os fatos diante deles, teriam visto que Jesus é o Filho de Deus e crido nele para ser salvos.
Em lugar disso, os líderes voltaram a insultar o homem e lhe disseram que havia nascido em pecado. Porém, ele não morreria em seus pecados (ver Jo 8:21, 24), pois, como o capítulo relata mais adiante, o mendigo creu em Jesus Cristo. Todos nós nascemos
em pecado (SI 51:5), mas não precisamos viver em pecado (Cl 3:6, 7) nem morrer em pecado. A fé em Jesus Cristo nos redime do
pecado e nos dá uma vida de liberdade jubilosa.
Os líderes religiosos expulsaram o homem oficialmente da sinagoga local. Essa medida implicava a exclusão do convívio com familiares e amigos, fazendo-o passar a ser considerado pelos judeus um “publicano e pecador”. Mas Jesus veio para salvar os que viviam à margem da sociedade e nunca os decepcionou.
O texto de João 9:13-23 continua a narrativa sobre a cura do homem cego de nascença e as reações das pessoas ao milagre. Aqui estão algumas aplicações que podem ser observadas neste trecho:
1. Investigação das Autoridades Religiosas (João 9:13-17): Os fariseus estão intrigados com a cura do homem e começam a investigar o milagre. Isso nos lembra que a mensagem de Cristo muitas vezes será questionada e examinada. Devemos estar preparados para responder às perguntas e críticas de maneira paciente e amorosa.
2. O Testemunho da Pessoa Curada (João 9:15): O homem cego é chamado a testemunhar sobre como Jesus o curou. Isso destaca a importância do testemunho pessoal em nossa fé. Devemos estar dispostos a compartilhar como Jesus transformou nossas vidas.
3. Temor das Autoridades (João 9:22): Os pais do homem cego têm medo das autoridades religiosas e evitam dar detalhes sobre a cura de seu filho. Isso ilustra como o medo da perseguição pode influenciar as pessoas a esconderem ou negarem sua fé. Devemos ser corajosos em nossa fé, mesmo diante de oposição.
4. Oposição à Obra de Jesus (João 9:16, 18): Alguns fariseus discordam sobre se Jesus pode ser de Deus devido a esse milagre. Isso reflete a divisão e a oposição em relação a Jesus naquele tempo. Devemos estar cientes de que nem todos aceitarão a mensagem de Cristo, e nossa fé pode enfrentar resistência.
5. Confissão de Jesus como Profeta (João 9:17): O homem cego chama Jesus de profeta. Isso destaca que as pessoas podem reconhecer diferentes aspectos da identidade de Jesus à medida que O conhecem. Devemos estar abertos para crescer em nosso entendimento de quem Ele é.
6. A Importância da Verdade (João 9:18-23): Os fariseus questionam repetidamente o homem cego e seus pais para determinar a verdade sobre a cura. Isso enfatiza a importância da verdade na fé. Devemos ser sinceros e fiéis à verdade de Cristo em nossa vida.
7. Reconhecimento da Divindade de Jesus (João 9:17, 33): O homem cego reconhece Jesus como profeta e depois como alguém de Deus. Isso ilustra como o conhecimento de Cristo pode crescer à medida que O experimentamos e aprendemos mais sobre Ele. Devemos buscar uma compreensão mais profunda de Sua divindade.
Em resumo, o texto de João 9:13-23 destaca a investigação das autoridades, o testemunho pessoal, o medo da oposição, a divisão em relação a Jesus, o reconhecimento de Sua divindade e a importância da verdade. Essas aplicações nos lembram da necessidade de sermos corajosos em nossa fé, dispostos a testemunhar e fiéis à verdade de Cristo, mesmo diante da oposição.
²⁴ Então, chamaram, pela segunda vez, o homem que fora cego e lhe disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador.
²⁵ Ele retrucou: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo.
²⁶ Perguntaram-lhe, pois: Que te fez ele? como te abriu os olhos?
²⁷ Ele lhes respondeu: Já vo-lo disse, e não atendestes; por que quereis ouvir outra vez? Porventura, quereis vós também tornar-vos seus discípulos?
²⁸ Então, o injuriaram e lhe disseram: Discípulo dele és tu; mas nós somos discípulos de Moisés.
²⁹ Sabemos que Deus falou a Moisés; mas este nem sabemos donde é.
³⁰ Respondeu-lhes o homem: Nisto é de estranhar que vós não saibais donde ele é, e, contudo, me abriu os olhos.
³¹ Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende.
³² Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença.
³³ Se este homem não fosse de Deus, nada poderia ter feito.
³⁴ Mas eles retrucaram: Tu és nascido todo em pecado e nos ensinas a nós? E o expulsaram.
Ansiosos por resolver o caso, os fariseus chamaram o homem de volta e, dessa vez, o colocaram sob juramento. “Dá glória a
Deus” era uma forma de jurar num tribunal (ver js 7:19). Mas, logo de início, os “juizes” mostraram-se preconceituosos. “Sabemos que esse homem é pecador.” Advertiam a testemunha de que, se não cooperasse com o tribunal, poderia sofrer a expulsão. Mas o mendigo não se deixou intimidar. Havia experimentado um milagre e não tinha medo de lhes contar o que tinha se passado.
Não discutiu sobre o caráter de Jesus Cristo, pois isso estava além de seu conhecimento e experiência, Uma coisa, porém, ele sabia ao certo: agora podia ver. Seu testemunho (Jo 9:25) me traz à memória o Salmo 27. Esse salmo torna-se extremamente significativo quando o lemos pensando neste capítulo e nos colocando no lugar do mendigo curado.
Pela quarta vez, os líderes perguntaram: “Que te fez ele? como te abriu os olhos?” (ver Jo 9:10, 15, 19 e 26). Não é difícil imaginar
o homem cada vez mais impaciente. Afinal, tinha passado a vida inteira cego e havia tanta coisa para ver. Por certo, não queria se demorar num tribunal na sinagoga, olhando para rostos zangados e respondendo sempre às mesmas perguntas!
Admiramos a ousadia desse homem ao perguntar aos fariseus irados se também desejavam seguir Jesus! O homem esperava uma resposta negativa, mas ainda assim teve a coragem de perguntar. Uma vez que não tinham como refutar as evidências, os juizes começaram a insultar a testemunha e, mais uma vez, envolveram Moisés na discussão (Jo 5:46). Os fariseus eram homens cautelosos, que se consideravam conservadores, quando, na verdade, eram apenas retrógrados e inflexíveis. Um verdadeiro conservador pega o que há de melhor no passado e usa no presente, sem perder de vista as coisas novas que Deus faz. As coisas novas desenvolvem-se a partir das mais antigas (Mt13:52). O retrógrado simplesmente preserva um passado petrificado. Opõe-se a mudanças e resiste às coisas novas que Deus faz. Se os fariseus compreendessem Moisés de fato, teriam reconhecido quem Jesus era e o que realizava.
Os líderes estavam certos sobre Moisés, mas não sobre Jesus. Não sabiam de onde ele viera. Jesus já lhes havia dito que viera do céu, de onde fora enviado pelo Pai (Jo 6:33, 38, 41, 42, 50, 51). Estavam certos de que ele era o filho biológico de Maria e de José e de que era da cidade de Nazaré (Jo 6:42; 7:41, 42). Não exerciam discernimento espiritual, mas sim julgavam “segundo a carne” (Jo 8:15).
O homem curado não conseguia acreditar que os fariseus não conhecessem o Homem que havia aberto os olhos dele. Quantas pessoas em Jerusalém eram capazes de curar os cegos? Em vez de investigar o milagre, esses líderes deveriam estar investigando Aquele que havia feito o milagre e aprender com ele. Os especialistas rejeitaram a Pedra que lhes foi enviada (At 4:11).
Assim, o mendigo deu a esses homens uma lição prática de teologia. Talvez tivesse em mente o Salmo 66:18: “Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido“. Os líderes chamaram Jesus de pecador (Jo 9:24), e, no entanto, Jesus foi
usado por Deus para curar o homem cego. A isso, acrescentou um argumento indiscutível: Jesus curou um homem que havia nascido cego. Não se tinha conhecimento de outra cura como essa. Logo, Deus não apenas ouviu Jesus, mas também lhe concedeu o poder de dar visão ao homem. Como tinham coragem de dizer, então, que Jesus era um pecador?
Os intolerantes religiosos não querem encarar as evidências nem a lógica. Não estão abertos a qualquer idéia nova. Se os fariseus houvessem considerado com honestidade os fatos diante deles, teriam visto que Jesus é o Filho de Deus e crido nele para ser salvos.
Em lugar disso, os líderes voltaram a insultar o homem e lhe disseram que havia nascido em pecado. Porém, ele não morreria em seus pecados (ver Jo 8:21, 24), pois, como o capítulo relata mais adiante, o mendigo creu em Jesus Cristo. Todos nós nascemos
em pecado (SI 51:5), mas não precisamos viver em pecado (Cl 3:6, 7) nem morrer em pecado. A fé em Jesus Cristo nos redime do
pecado e nos dá uma vida de liberdade jubilosa.
Os líderes religiosos expulsaram o homem oficialmente da sinagoga local. Essa medida implicava a exclusão do convívio com familiares e amigos, fazendo-o passar a ser considerado pelos judeus um “publicano e pecador”. Mas Jesus veio para salvar os
que viviam à margem da sociedade e nunca os decepcionou.
No texto de João 9:24-34, continuamos a acompanhar a reação das autoridades religiosas à cura do homem cego por Jesus. Aqui estão algumas aplicações que podem ser observadas neste trecho:
1. Investigação Persistente (João 9:26-27): As autoridades continuam a investigar o caso, questionando repetidamente o homem curado e pressionando-o por informações. Isso nos lembra que, às vezes, as pessoas podem ser persistentes em questionar nossa fé e experiência com Cristo. Devemos estar preparados para responder com paciência e firmeza.
2. Testemunho Firme (João 9:25, 30-33): O homem curado mantém um testemunho firme sobre como Jesus o curou. Isso destaca a importância de sermos firmes em nossa fé e testemunho, mesmo diante da oposição. Devemos confiar na obra de Deus em nossas vidas.
3. Reconhecimento da Obra de Deus (João 9:31): O homem curado faz uma declaração significativa ao afirmar que Deus ouve os que O adoram e fazem Sua vontade. Isso nos lembra que a adoração e a obediência a Deus são essenciais em nossa fé. Devemos buscar fazer a vontade de Deus em nossa vida.
4. Cegueira Espiritual (João 9:39-41): Jesus menciona que veio ao mundo para julgar, e que aqueles que reconhecem sua cegueira espiritual têm a oportunidade de ver, enquanto aqueles que pensam que veem permanecem em sua cegueira. A aplicação aqui é que devemos reconhecer nossa necessidade espiritual e buscar a luz de Cristo para nos iluminar.
5. Resistência à Mensagem de Jesus (João 9:34): Alguns fariseus rejeitam a resposta do homem curado e o expulsam da sinagoga. Isso destaca que a oposição à mensagem de Jesus pode levar à exclusão de comunidades religiosas. Devemos estar dispostos a enfrentar a rejeição por causa de nossa fé.
6. A Importância do Testemunho Pessoal (João 9:25): O homem curado faz uma declaração simples e poderosa: “Uma coisa sei: eu era cego, e agora vejo.” Isso ressalta a eficácia do testemunho pessoal em comunicar a obra de Deus em nossas vidas. Devemos compartilhar como Cristo nos transformou.
Em resumo, o texto de João 9:24-34 destaca a persistência na investigação, o testemunho firme, a necessidade de reconhecimento da obra de Deus, a cegueira espiritual, a resistência à mensagem de Jesus e a importância do testemunho pessoal. Essas aplicações nos desafiam a sermos firmes em nossa fé, a reconhecer nossa necessidade espiritual e a testemunhar da obra de Deus em nossas vidas, mesmo diante da oposição.
³⁵ Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem?
³⁶ Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nele creia?
³⁷ E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo.
³⁸ Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou.
³⁹ Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos.
⁴⁰ Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos cegos?
⁴¹ Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado.
O Bom Pastor sempre cuida de suas ovelhas. Jesus ficou sabendo que o homem havia sido expulso, de modo que foi procurá-lo e se revelou a ele. Cabe lembrar que o homem conhecia a voz de Jesus, mas não havia visto seu rosto.
Foi nesse momento que o homem chegou ao ápice de seu conhecimento de Jesus Cristo e de sua fé no Salvador. Não basta crer que Cristo é “um homem chamado Jesus”, ou “um profeta”, ou “um homem de Deus”. “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus” (1 Jo 5:1). João escreveu seu Evangelho para provar que Jesus é o Filho de Deus e para apresentar aos leitores testemunhos de pessoas que se encontraram com Jesus e que confessaram que ele é o Filho de Deus. O mendigo curado é uma dessas testemunhas. Jesus identificou-se como o Filho de Deus (ver Jo 9:35, RC, e também 5:25), e o mendigo creu e foi salvo (Jo 9:38). “As minhas ovelhas ouvem a minha voz” (Jo 10:27). Ele não “viu para crer”; ele ouviu e creu. Não apenas creu no Salvador, mas também o adorou. Se Jesus Cristo não é Deus, então por que aceitou essa adoração? Pedro, Paulo e Barnabé certamente não aceitaram ser adorados (ver At 10:25, 26; 14:11-15). João Batista afirmou que Jesus é o Filho de Deus (Jo 1:34), como também o fez Natanael (Jo 1:49). Jesus afirmou ser o Filho de Deus (Jo 5:25, RC; 9:35), e Pedro fez o mesmo (Jo 6:69). Agora, o mendigo curado juntava-se a esse grupo de testemunhas.
Aonde quer que Jesus fosse, sempre havia fariseus presentes para tentar apanhar o Senhor em algum erro, tanto em palavras como em atitudes. Ao vê-los, Jesus encerrou a questão fazendo um sermão sobre a cegueira espiritual. João 9:39 não é conflitante com João 3:16, 1 7. O motivo da vinda de Jesus foi a salvação, mas o resultado de sua vinda foi a condenação dos que não creram. O mesmo sol que faz as sementes nascerem e revelarem sua beleza também mostra as pragas antes escondidas nas sombras. Os líderes religiosos estavam cegos e não queriam reconhecer sua situação, por isso, a luz da verdade só aumentou sua cegueira. O mendigo reconheceu sua necessidade e recebeu visão física e espiritual. A pessoa mais cega de todas é a que se recusa a ver, pensando estar de posse de “Ioda a verdade” e acreditando não ter mais o que aprender (Jo 9:28, 34).
Alguns fariseus que estavam por perto não gostaram do que ouviram Jesus dizer ao homem. “Acaso, também nós somos egos?”,
perguntaram, esperando uma resposta negativa. Jesus já havia respondido a essa pergunta quando disse que eram cegos guiando outros cegos (ver Mt 15:14). Estavam cegos por seu orgulho, por sua hipocrisia, por sua tradição e por sua interpretação
equivocada da Palavra de Deus. Jesus respondeu com um paradoxo: “Seria melhor se vocês fossem cegos. Mas, em vez disso, insistem que podem enxergar. Por isso, são culpados!” Se admitissem sua cegueira, pelo menos poderiam usá-la como justificativa para sua falta de entendimento sobre os acontecimentos. No entanto, sabiam o que se passava. Jesus realizara vários milagres, e os líderes religiosos optaram por ignorar essas evidências e tomar a decisão certa. Jesus é a luz do mundo (Jo 8:12; 9:5). Os únicos que não são capazes de ver a luz são os cegos e os que se recusam a abrir os olhos, fazendo-se, portanto, e cegos. O mendigo sofrerá de cegueira física e espiritual, no entanto, seus olhos e seu coração foram abertos, pois ouvira a Palavra, crendo, obedecendo e experimentando a graça de Deus. Em termos físicos, os fariseus possuíam visão saudável, mas, em termos espirituais, eram absolutamente cegos. Se tivessem dado ouvidos à Palavra e considerado as evidências diante deles com honestidade, teriam crido em Jesus Cristo e nascido de novo. Em que sentido os fariseus eram capazes de “enxergar”? Viam a mudança na situação do mendigo cego e não podiam negar que ele havia sido curado. Podiam ver os grandes feitos de Jesus. Até mesmo Nicodemos, um desses líderes, impressionou-se com os milagres de Jesus (Jo 3:2). Se tivessem examinado as evidências com honestidade, teriam visto a verdade claramente. “Se alguém quiser fazer a vontade dele [de Deus], conhecerá a respeito da doutrina” (Jo 7:1 7).
“Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5:40). Na realidade, João 10 é a continuação do ministério de Jesus aos fariseus. A cura do homem cego torna-se o pano de fundo (Jo 10:21). Aliás, o termo traduzido por “expulsado”, em João 9:35, é traduzido por “fazer sair” em João 10:4. O mendigo foi expulso da sinagoga, mas foi recebido pelo Bom Pastor e acrescentado a seu rebanho! A ênfase de João 10 é sobre Jesus Cristo, o Bom e Verdadeiro Pastor, em contraste com os fariseus, os falsos pastores. O mendigo curado não volta a aparecer no relato, mas certamente esse homem seguiu Jesus de perto e testemunhou ele. Esperamos que tenha conseguido ganhar para Cristo seus pais relutantes. Apesar de a expulsão da sinagoga ter sido uma experiência difícil para ele, sem dúvida esse homem encontrou em sua comunhão com Jesus Cristo muito mais ajuda espiritual e encorajamento do que jamais encontraria nas tradições judaicas. Ainda hoje, há quem precise escolher entre Cristo e a família, ou entre Cristo e sua tradição religiosa. Mesmo pagando um alto preço, o mendigo curado tomou a decisão certa. “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4:18).
No texto de João 9:35-41, que descreve o encontro entre Jesus e o homem curado de sua cegueira, há várias aplicações que podem ser observadas:
1. Reconhecimento de Jesus como o Messias (João 9:35-38): O homem curado reconhece Jesus como o Filho de Deus e O adora. Isso destaca a importância de reconhecer a divindade de Jesus e adorá-Lo como nosso Senhor e Salvador. Devemos colocar nossa fé e confiança Nele como o Messias prometido.
2. Cegueira Espiritual (João 9:39-41): Jesus fala sobre a cegueira espiritual daqueles que pensam que veem, mas estão espiritualmente cegos. Isso nos lembra que a cegueira espiritual pode afetar até mesmo aqueles que afirmam ter conhecimento religioso. Devemos examinar nossos corações para garantir que estamos enxergando a verdade espiritual em Jesus.
3. Responsabilidade e Consequência (João 9:41): Jesus afirma que, se os fariseus não fossem culpados, sua cegueira não seria pecado. Isso destaca a responsabilidade que temos quando somos confrontados com a verdade de Cristo. Aqueles que rejeitam deliberadamente a luz espiritual enfrentam maior responsabilidade e consequência. Devemos levar a sério a busca pela verdade espiritual.
4. Aceitação da Luz de Cristo (João 9:39): Jesus veio ao mundo para trazer luz espiritual. Devemos aceitar Sua luz, reconhecendo nossa necessidade espiritual e buscando Sua orientação. A aplicação aqui é buscar a iluminação espiritual em Cristo e não presumir que já temos todo o conhecimento espiritual.
5. A Graça de Deus (João 9:39-41): A graça de Deus é evidente na cura do homem cego e na oportunidade que Jesus oferece para reconhecê-Lo como o Messias. Devemos apreciar a graça de Deus em nossas próprias vidas e estar dispostos a compartilhar essa graça com os outros.
6. Adoração Genuína (João 9:38): O homem curado adora Jesus de coração, demonstrando uma fé genuína. Isso nos desafia a adorar a Deus de maneira autêntica, reconhecendo Sua divindade e a obra que Ele realiza em nossas vidas.
Em resumo, o texto de João 9:35-41 destaca o reconhecimento de Jesus como o Messias, a cegueira espiritual, a responsabilidade diante da verdade de Cristo, a aceitação da luz de Cristo, a graça de Deus e a adoração genuína. Essas aplicações nos chamam a reconhecer a divindade de Jesus, aceitar Sua luz espiritual e adorá-Lo com sinceridade, buscando a verdade em nossas vidas.