Resumo: O Evangelho de João, capítulo 5, retrata um encontro crucial entre Jesus e as autoridades religiosas judaicas, ilustrando a natureza divina e a autoridade de Jesus como Filho de Deus e Messias. O capítulo destaca o conflito entre Jesus e os líderes religiosos, bem como Sua mensagem de vida, ressurreição e julgamento vindouro.
João 5:1-13 é uma passagem da Bíblia que descreve a cura de um paralítico por Jesus no tanque de Betesda em Jerusalém. De acordo com a passagem, havia uma festa entre os judeus e Jesus subiu a Jerusalém. Próximo à porta das ovelhas, havia um tanque chamado Betesda, que tinha cinco alpendres. Nesses alpendres, jazia uma grande multidão de enfermos, cegos, mancos, os renegados da sociedade, quem a única esperança era o movimento da água.
Um anjo descia em certo tempo ao tanque e agitava a água; o primeiro que ali descia depois do movimento da água sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
Havia ali um homem que estava Paralítico havia trinta e oito anos, passando fome e frio, abandonado. Entre a multidão de doentes graves, Jesus viu este homem deitado, por sua onisciência, sabia que estava neste estado havia muito tempo, perguntou-lhe:
“—Queres ficar são? – Jesus sabia o que ele queria! Mesmo assim o questiona. O enfermo respondeu:
—Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Jesus disse-lhe:
—Levanta-te, toma o teu leito e anda”.
O homem poderia não ter crido, mas ele creu, levantou-se e andou. Logo aquele homem ficou são; tomou o seu leito e andou. E aquele dia era sábado.
Essa passagem mostra o poder de cura de Jesus e sua compaixão pelos enfermos. Também destaca a fé do paralítico em Jesus e sua disposição em seguir suas instruções para ser curado. É uma história inspiradora de esperança e fé em tempos difíceis.
O Tanque de Betesda era um reservatório de água em Jerusalém, próximo à Porta das Ovelhas. Ele ficou conhecido na Bíblia por ter sido o lugar onde Jesus curou um paralítico. O tanque possuía cinco pórticos (varandas) em volta, onde os doentes e pessoas em sofrimento ficavam aguardando uma oportunidade para serem curadas.
A piscina ficava, num edifício próximo à Porta das ovelhas, também mencionada em Neemias 3:32 e Neemias 12:39. Esse portão ficava a norte do Templo de Jerusalém.
A Porta das Ovelhas: por onde as ovelhas eram introduzidas para os sacrifícios por ocasião da Páscoa judaica. Foi criada na reconstrução dos muros de Jerusalém pelo Sumo Sacerdote Eliasibe, junto com seus irmãos Sacerdotes liderados por Neemias. Ela era uma localidade ao norte de Jerusalém, por onde as ovelhas eram introduzidas para os sacrifícios por ocasião da Páscoa judaica3″. A porta das ovelhas é Jesus ele foi o sacrifício, se tornando a porta que se abre para que passemos por ela através dele que é a porta para nos encontrarmos ou nos achegarmos até Deus.
Após a cura, Jesus se mistura a multidão , e ele nem tem tempo de agradecê-lo. Imagine a alegria deste homem moribundo, abandona a própria sorte. Ficamos imaginando como ele conseguiu sobreviver de esmola, durante tantos anos? Será que tinha família?
Quando os fariseus os vê andando, o questionam sobre quem lhe havia curado e ele não sabia. Para aquele homem não importava o dia da semana, ele devia estar pulando de alegria, iria lembrar só do dia que foi curado, por um desconhecido, até então. Era o momento mais importante de.
Os judeus não se preocuparam com a infortúnio desse homem durante os 38 anos de sofrimento, e agora vinham questionar por ser sábado. Ele não podia ter se levantando e andado, levando a sua cama. Só havia preocupação com os rituais, não com todos os moribundos estavam ali, sofrendo, a beira da morte, passando fome.
Aplicação: Hoje ainda tem muitos que estão na igreja a muitos anos, conhecem a teoria sobre Jesus, mas não o conhece verdadeiramente. Muitos estão ainda convivendo por costumes, vivendo ainda tentando cumprir a lei.
Mais tarde Jesus o encontrou o templo e lhe disse:” Agora que você está curado; deixe de pecar, para que nada pior lhe aconteça”. Jesus o advertiu sobre o pecado, pior do que a paralisia, era o pecado, que o levaria para a morte eterna. O paralítico ainda não o conhecia verdadeiramente, se ele amou a Jesus verdadeiramente, não sabemos, mas Jesus deu-lhe a oportunidade de mudança. Jesus aceita o pecador, mas não aceita o pecado.
Este relato nos ensina sobre a compaixão de Jesus, Seu poder de cura e Sua capacidade de transformar vidas. As aplicações destacam valores como empatia, fé, obediência, gratidão e testemunho, nos incentivando a viver de acordo com esses princípios em nossa jornada de fé.
João 5:16-30 é uma passagem da Bíblia que descreve a reação dos judeus à cura do paralítico por Jesus e a resposta de Jesus a eles. De acordo com a passagem, os judeus começaram a perseguir Jesus porque Ele havia curado o paralítico no sábado, que era considerado um dia sagrado de descanso. Jesus respondeu dizendo que seu Pai (Deus) trabalhava até agora e Ele também trabalhava.
Os judeus (Fariseus) ficaram ainda mais irritados com Jesus porque ele não só estava violando o sábado, mas também estava dizendo que Deus era seu próprio Pai, igualando-se a Deus. Jesus então explicou que ele não podia fazer nada por si mesmo, mas apenas o que via o Pai fazer. Ele disse que o Pai amava o Filho e lhe mostrava tudo o que fazia, e que o Filho fazia as mesmas coisas que o Pai.
Jesus também falou sobre sua autoridade para dar vida e julgar. Ele disse que assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, o Filho também dá vida a quem Ele quer. Ele também disse que o Pai não julgava ninguém, mas confiou todo julgamento ao Filho, para que todos honrassem o Filho como honram o Pai.
Essa passagem nos ensina sobre a relação entre Jesus e Deus, e sobre a autoridade de Jesus para dar vida e julgar. Ela também mostra como Jesus enfrentou a perseguição dos judeus com sabedoria e coragem.
Na passagem de João 5:16-30, a palavra “Filho” refere-se a Jesus Cristo, que é o Filho de Deus. A passagem descreve a autoridade do Filho e sua relação com o Pai (Deus). Jesus explica que ele não pode fazer nada por si mesmo, mas apenas o que vê o Pai fazer. Ele diz que o Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que faz, e que o Filho faz as mesmas coisas que o Pai. Isso mostra a unidade e igualdade entre o Pai e o Filho, bem como a dependência do Filho em relação ao Pai. A passagem também destaca a autoridade do Filho para dar vida e julgar, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, o Filho também dá vida a quem ele quer.
Jesus, Filho de Deus, sempre faz a somente a vontade do Pai (Deus), nós humanos pecadores queremos fazer a nossa própria vontade, e nem sabemos o quanto nosso coração é enganoso, nossa vontade faz de nós condenados à morte eterna. Sem a ação do Espírito Santo, não temos discernimento da vontade de Jesus. Precisamos ter comunhão, intimidade, para entendermos o que Ele quer que façamos e para conseguirmos obedecer. Discernir como Ele quer que vivamos. Jesus nos revela como Ele quer, mas nos manda estudar a palavra, a vigiar e orar.
Na teologia cristã, o Pai e o Filho são duas pessoas da Trindade, juntamente com o Espírito Santo. O Pai é Deus, o criador do universo, e o Filho é Jesus Cristo, que é Deus encarnado como homem. A relação entre o Pai e o Filho é de amor, unidade e igualdade. O Filho é totalmente dependente do Pai e faz apenas o que vê o Pai fazer. O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que faz, e o Filho faz as mesmas coisas que o Pai.
A Bíblia também ensina que o Pai enviou o Filho ao mundo para salvar a humanidade do pecado e da morte. O Filho cumpriu a vontade do Pai ao morrer na cruz pelos pecados da humanidade e a ressuscitar dos mortos. Através da fé em Jesus Cristo, as pessoas podem ter um relacionamento pessoal com Deus e receber a vida eterna.
Em resumo: A relação entre o Pai e o Filho é de amor, unidade, igualdade e dependência. O Filho cumpre a vontade do Pai e age em perfeita harmonia com ele para realizar a obra de salvação da humanidade.
Este trecho faz parte de um diálogo entre Jesus e os líderes religiosos judeus. Vou dividir a explicação em partes para uma compreensão mais clara:
“Se eu dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Há outro que dá testemunho de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.” 5:31-32
Aqui, Jesus está dizendo que Ele não está apenas dependendo de seu próprio testemunho para afirmar quem Ele é. Ele reconhece que, de acordo com as leis e normas judaicas da época, um testemunho sobre si mesmo não seria considerado válido ou confiável. Portanto, Ele está enfatizando que há outro que testemunha sobre ele.
“Vós mandastes mensageiros a João [Batista], e ele deu testemunho da verdade. Eu não recebo testemunho de homem algum; mas digo isso, para que vos salveis. Ele era a candeia que ardia e alumiava, e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz.” 5:33-35
Aqui, Jesus está se referindo a João Batista, que deu testemunho sobre a identidade e a missão de Jesus como o Messias. Ele diz que João era como uma “candeia” que iluminava o caminho, apontando para a verdade. Jesus está indicando que as pessoas deveriam acreditar no testemunho de João sobre ele, pois isso os ajudaria a serem salvos.
“Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, testificam de mim, que o Pai me enviou. E o Pai, que me enviou, ele mesmo deu testemunho de mim. Nunca tendes ouvido a sua voz, nem visto o seu parecer. E a sua palavra não permanece em vós; porque não credes naquele que ele enviou.” 5:36-38
Jesus está apontando para as obras que realiza como evidência de sua identidade divina e de sua missão. Ele argumenta que essas obras são um testemunho ainda mais forte do que o de João Batista, pois elas são realizadas pelo poder que o Pai lhe deu. Ele também menciona que o Pai testemunhou sobre ele de maneira divina, possivelmente se referindo a momentos como o batismo de Jesus, quando uma voz do céu testificou sobre seu Filho.
“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas mesmas que testificam de mim; mas não quereis vir a mim para terdes vida.” 5:39-40
Neste trecho, Jesus critíca os líderes religiosos por estudarem as Escrituras (o Antigo Testamento), mas não conseguirem ver que essas escrituras apontam para ele como o Messias. Ele os adverte que a verdadeira vida eterna está nele, mas eles estão perdendo essa oportunidade porque não estão dispostos a reconhecê-lo.
“Não aceito a glória que vem dos homens; mas sei que não tendes o amor de Deus em vós. Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis. Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros, e contudo não procurais a glória que vem do único Deus? Não penseis que vos hei de acusar perante o Pai. Há quem vos acuse, Moisés, em quem vós confiais. Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim ele escreveu. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” 5:41-47
Aqui, Jesus está criticando os líderes religiosos por buscar a aprovação e glória dos homens em vez de buscar a aprovação de Deus. Ele também aponta que Moisés, a figura central no judaísmo, escreveu sobre ele nas Escrituras, e se eles realmente acreditam em Moisés, deveriam acreditar também nele, pois ele é o cumprimento das profecias messiânicas.
No geral, esse trecho do Evangelho de João 5:31-47 mostra como Jesus estava apresentando argumentos convincentes para estabelecer sua identidade divina e sua missão como o Messias, ao mesmo tempo em que repreendia os líderes religiosos por sua falta de fé e compreensão das Escrituras.