Mulher do Fluxo de Sangue Lc 8:40-48

“Filha, a tua fé te salvou; vá em paz!”

Vivemos em um período complicado, sendo que isso não é novidade alguma para nós. Você lembra de não ter vivido sem crise? A pandemia nos assustou de outra forma, tivemos que nos esconder para não nos contaminar e não contaminarmos nossos familiares com o vírus. Quem estava com COVID eram tratados como impuros, eram isolados. Até os profissionais da área de saúde, seguiam à risca as regras e mesmo assim muitos foram contaminados. Infelizmente muita gente morreu. Você que lendo, foi agraciado por Deus, se foi contaminado, sarou e está vivo. Deus não nos desampara, deu ao homem sabedoria pra criar a vacina e o vírus, aos poucos está indo embora.

Ainda tenho insegurança quando entro em lugares com muita gente amontoada. Quando dá eu evito, quando não dá, peço a Deus proteção, porque se estou viva é porque o Pai quer que eu continue e vou continuar no caminho estreito, enfrentando as tempestades. Ele Não quer que eu desista, Ele tem que ser a nossa fonte da nossa esperança.

Jesus não tinha medo de multidões, durante os três anos, ele sempre estava cercado por gente. Corrigindo, Ele sempre estava cercado por muita, muita gente. Em Lucas 8: 40-48, não era diferente.

A multidão o recebeu com alegria, porque todos o estavam esperando.” Lc 8:40

A multidão era formada de famintos de comida e espiritual, outros só buscavam milagres e infelizmente poucos o procuravam crendo ser Ele o Messias tão esperado, os procuravam por amor. Os judeus, o seu povo, não creem até hoje.

Quantas pessoas tinha? Uma multidão. Entre tanta gente tinha uma mulher, da qual não sabemos o nome, mas depois de mais de dois mil anos, lembramos da sua história e é possível aprender muito com o seu testemunho. Ela é lembrada como a “mulher enferma”, “mulher do fluxo de sangue”. Sua história está nos três Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) e é descrita da mesma maneira.

Lugar de enfermo é a onde? Hoje, é no hospital, mas naquela época não tinha SUS e o texto deixa claro que ela já havia gasto todo dinheiro que tinha e nenhum médico tinha conseguido curá-la. Então surge uma esperança, ela ouve de um tal de Jesus, que tem poder para curar cegos e paralíticos, então “Ele pode me curar!”. Não sabemos quantos dias levou para Jesus chegar em sua cidade, mas sabemos que ela teve muita coragem, confiando que Ele a curaria.

Naquele momento não lhe importou a multidão, não importava mais o seu sofrimento, ela juntou o pouco de força que ainda lhe restava e enfrentaria o que fosse preciso para ser curada.

Vamos entender o contexto. A mulher enferma sofria de hemorragia, ou seja, ela menstruava mais do que o normal, não sabemos se por alguns dias, ou sempre, sabemos que seu sofrimento durava 12 anos. Lembrando que não havia absorventes, ela usava panos, horrivel! Sair de casa não lhe era permitido pela Lei, ela podia sentar em algum lugar e manchar de sangue. Vivia em uma sociedade que seguia a Lei de Levíticos, que instrui as mulheres a se afastarem durante os dias da menstruação, e a mulher era vista como imunda, não podia tocar nem ser tocada, senão a pessoa também se tornava imunda. Por mais estranho que pareça, essa regra humilhante, protegia as mulheres de precisarem trabalhar durante a menstruação e satisfazer as necessidades sexuais de seus maridos, dormiam em camas separadas.

Também a mulher, quando tiver o fluxo do seu sangue, por muitos dias fora do tempo da sua separação, ou quando tiver fluxo de sangue por mais tempo do que a sua separação, todos os dias do fluxo da sua imundícia será imunda, como nos dias da sua separação. Toda a cama, sobre que se deitar todos os dias do seu fluxo, ser-lhe-á como a cama da sua separação; e toda a coisa, sobre que se assentar, será imunda, conforme a imundícia da sua separação. E qualquer que a tocar será imundo; portanto lavará as suas vestes, e se banhará com água, e será imundo até à tarde. Porém quando for limpa do seu fluxo, então se contarão sete dias, e depois será limpa.Levítico 15:25-28

Estava enferma a muitos anos, estava fraca, com certeza anêmica, e vista com imunda, pelos familiares e amigos. Não podia tocar em ninguém e nem ser tocada. Era grave a sua situação, se aproximar de Jesus, se descobrissem, ela poderia ser penalizada.

Jesus era sua esperança de sobreviver, ela escolheu correr o risco, enfrentar a multidão. Foi aos poucos, passando entre o povo, tocando, empurrando até chegar perto do Mestre. Tão frágil, ela que estava lá no final, consegue passar pela barreira dos que o seguiam e dos que o protegiam o Mestre.

Ela teve fé (dom de Deus), enfrentou seus medos, teve muita coragem! Não sabemos se a intenção dela era falar com o Mestre, ou se cria tanto, crendo que só tocando a orla de sua vestes seria curada. Ela conseguiu, tocou nas suas vestes do Mestre. Uma mulher impura, tocou nas vestes do homem mais puro, e ao invés de contaminá-lo, ela foi curada. Dele saiu poder, suficiente para curá-la, “estancou a hemorragia” imediatamente.

Imagine quantas pessoas já tinham tocado no Mestre, esbarrado em seu manto, quantos o haviam saldado e não tinham sido curado; Jesus sente que Dele saiu poder, e que alguém tinha sido curada. Ele sabia quem era, mas perguntava mesmo assim, sabia dos medos daquela mulher. “Alguém me tocou, porque de mim saiu poder.” Pedro questiona Jesus, porque era impossível saber quem fora, mas Jesus queria que ela se manifestasse, Ele queria que todos soubessem que ela havia sido curada, que não era mais imunda e que não seria mais humilhada. Então ela percebe a insistência do mestre, se entrega. Se prostra, temendo e tremendo. Ela conta sobre a sua doença, confessa diante da multidão o seu sofrimento. Não lhe importava mais, agora ela já havia sido curada, não era mais imunda. E para sua surpresa, Jesus a chama de Filha, demonstrando amor. Ela foi a única a quem o Mestre chama de Filha, “Filha a tua fé te salvou, vai-te em paz”. Jesus não diz só que ela foi curada, diz que ela estava salva. Ele faz muito mais do que ela sonhava, fora curada fisicamente, mas fora salva e viverá no céu na companhia do Pai, do Filho e do Espírito e de todos os demais salvos, eternamente.

Aprendo muito cada vez que releio esse texto. Admiro muito a sua coragem, estando tão fraca, caminhando para a morte. Ela estava no final da multidão, tinha uma parede de gente para enfrentar, mas e Jesus era a sua única esperança, ela não tinha mais dinheiro, já havia gastado tudo com os médicos não conseguiram fazer nada. Imaginemos o quanto ela havia perdido, não podia sair para nem para ir ao templo, acredito que não tinha marido ou filhos.

Ela me faz lembrar que os nossos problemas são tão grandes assim. Será que a força de vontade e nossa fé são tão grandes como a dela? O mesmo Jesus que a curou no passado, continua curando hoje, será que o vemos como a nossa única esperança, será que cremos em seu poder.

Confesso que me desespero fácil, e não sei se teria coragem de enfrentar a multidão, correndo o risco de ser reconhecida, de ser penalizada. Hoje, podemos só levar o nosso pensamento a Deus, e clamar pedindo socorro e crer com fé e Ele vai fazer o melhor por nós, mas nem sempre vai fazer o que queremos. Ele faz o que lhe apraz, transforma o mal em bem, de acordo com a sua vontade. Ele vê o eterno, enquanto só vemos o hoje e temos uma visão distorcida, uma lembrança do passado, não temos nenhuma certeza do futuro. Jesus fez um imenso sacrifício para podermos conversar diretamente com o Pai, através Dele. Continuamos sendo pecadores, mas lavados com o sangue de Jesus, não somos mais impuros. Deixamos a morte e herdamos o reino.

Quantas vezes nos desesperamos e esquecemos de pedir para quem tem poder para resolver. Reclamamos com os amigos, recorremos aos médicos, ao invés de primeiramente clamar ao médico dos médicos. Devemos sim ir ao médico, porque Deus nos criou e criou a medicina para nos ajudar, mas clame primeiro a Deus, com fé, crendo que Ele pode nos curar. Não precisamos tocar mas em suas veste, o poder não saiu da roupa, saiu do Mestre. Hoje temos liberdade de falar com o Pai, a qualquer hora e lugar, somos instruídos a orar e vigiar constantemente e termos um relacionamento íntimo com Deus.

Evangelho de Lucas

A cura dos 10 leprosos – Lc 17:11-19

10 Leprosos ficam sabendo dos milagres de Jesus e o procuram, gritam por misericórdia de longe, crendo que o Mestre iria curá-los. Ele cura, mas só um volta para agradecer

Mulher do Fluxo de Sangue

Para aquela mulher não importava a multidão, estava cheia de esperança de ser curada, bastava-lhe só tocar o Mestre.

Evangelho de Lucas – Despertando a Curiosidade

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